Jornal Estado de Minas

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Para equilibrar as contas, governo deveria cortar gastos


A equipe econômica liderada pelo ministro Fernando Haddad tem quebrado a cabeça para encontrar formas de aumentar a arrecadação – via aumento de impostos, obviamente – e, assim, tornar o arcabouço fiscal efetivo. Nesta semana, veio a confirmação da nova tributação dos fundos exclusivos e das offshores, como são chamadas as empresas constituídas no exterior. Também está nos planos do governo taxar dividendos e o que mais aparecer pela frente. É curioso notar que nem se cogita outro caminho para equilibrar as contas públicas e fazer o marco fiscal funcionar: o corte de gastos. Historicamente, a esquerda sempre se posicionou na direção contrária, ou seja, a favor do aumento dos desembolsos públicos. Exemplos recentes mostram que a estratégia costuma dar errado, mas a gestão Lula parece ignorar os erros que cometeu no passado. Em suma: tudo indica que os petistas continuarão a gastar muito e economizar pouco.






123 Milhas não resiste à crise de seu modelo de negócios

Essa era uma bola cantada: depois de suspender a emissão de passagens de sua linha promocional, deixar milhares de clientes no prejuízo e lançar um programa de demissões em massa, a agência 123 Milhas parecia mesmo estar num beco sem saída. Ontem, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca Belo Horizonte. Não será fácil para a empresa retomar a reputação. Segundo analistas, seu modelo de negócios assemelha-se a pirâmide financeira.


(foto: caoa.com.br/Reprodução)

Grupo Caoa vai investir R$ 3 bilhões em fábrica e concessionárias

Distribuidor das marcas Hyundai, Chery e Subaru no Brasil, o Grupo Caoa vai investir, nos próximos 5 anos, R$ 3 bilhões no Brasil. A maior parte dos recursos será destinada para modernização e ampliação de sua fábrica localizada em Anápolis, no interior de Goiás. De acordo com a empresa, o aporte aumentará em 150% a capacidade de produção do modelo Tiggo 5X Sport e resultará na criação de ao menos 800 empregos na unidade fabril. O projeto prevê também a ampliação de sua rede de concessionárias.


Volvo aumenta aposta em ônibus elétricos

Os veículos eletrificados atraem um novo ciclo de investimentos. Atenta a esse mercado, a sueca Volvo vai desembolsar R$ 250 milhões para fabricar ônibus elétricos no Brasil. Os recursos serão aplicados na adaptação de sua unidade em Curitiba, no Paraná. Nesta semana, a empresa começou a testar na cidade um protótipo de ônibus elétrico desenvolvido especialmente para o sistema local de transporte público. O município de São Paulo também pretende incorporar o modelo à sua frota de ônibus.






Rapidinhas

O programa de agricultura familiar mantido pelo Grupo BBF (Brasil BioFuels) no Pará pagou cerca de R$ 16 milhões pelos frutos de palma de óleo (dendê) fornecidos por 400 produtores rurais no primeiro semestre do ano. Ao todo, 19 mil toneladas de frutos da planta – 20% acima do número de 2022 – foram compradas pela empresa.

Os juros altos não foram suficientes para frear a concessão de crédito imobiliário. Segundo a Abecip, associação que representa as empresas do setor, o volume disponível de recursos saltou de R$ 1,63 trilhão em julho de 2021 para R$ 2,04 trilhões em julho de 2023. Com a queda da Selic, a tendência é que o número suba ainda mais.

Os investimentos chineses no Brasil desabaram em 2022. Uma pesquisa feita pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) constatou que o volume desembolsado – US$ 1,3 bilhão – representou uma queda de 78% em relação a 2021. Pior ainda: trata-se do menor patamar desde 2009. Em 2023, contudo, detectou-se forte retomada dos aportes.





As contas digitais internacionais são a onda da vez na indústria financeira. A nova iniciativa veio da XP, que lançou uma conta corrente global com cartão de débito Mastercard. Segundo a empresa, o cartão será oferecido para 1 milhão de clientes que já possuem a sua conta internacional de investimentos.


(foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil)

“Não é do DNA do PT controlar gastos”
Marcos Mendes, economista e ex-secretário especial do Ministério da Fazenda no governo de Michel Temer


R$ 7,5 bilhões
foi quanto a Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, pagou por 16 unidades de abate da rival Marfrig no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai