Depois da descoberta de um rombo de R$ 43 bilhões no balanço da Americanas, o Banco Central revelou na semana passada a revisão de sua série histórica sobre fluxo cambial. A revisão, na verdade, foi um eufemismo para um erro grosseiro: uma falha na programação do código que registra, no sistema do banco, os valores em dólares de importações. Como resultado, foi identificada uma diferença contábil de US$ 14,5 bilhões na quantidade de dólares que entrou e saiu do país no ano passado. Mesmo se não houve intenções obscuras – o BC assegura que foi um problema técnico –, a verdade é que tanto as instituições públicas quanto as empresas precisam redobrar os cuidados ao divulgar seus números, sob o risco de terem sua credibilidade comprometida. O caso das Americanas, ressalte-se, é bem mais grave, pois afetou as economias de milhares de acionistas. Por sua vez, a falha do BC não causou prejuízos ao banco ou às empresas envolvidas com importações.
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Um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) identificou o que mais preocupa os executivos do setor. Segundo o levantamento, 73% dos entrevistados afirmaram que o transporte de mercadorias é o maior gargalo do país. Outra constatação: 38% dos empresários industriais trocariam o frete rodoviário por outro tipo de transporte, caso houvesse condições estruturais idênticas entre os modais. Nesse contexto, disseram os pesquisados, a ferrovias seriam a principal alternativa.
30,3% das famílias brasileiras têm alguma dívida em atraso, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)
Home equity avança no Brasil
O crédito com garantia de imóvel – ou simplesmente home equity – está em alta no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume de empréstimos concedidos por essa modalidade cresceu 80% no acumulado dos últimos 4 anos. De janeiro a novembro de 2022, o segmento movimentou R$ 6 bilhões. Ainda assim, há espaço para crescimento no Brasil. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos o setor gera US$ 4 trilhões por ano.
Locação de carros está em alta,
mas mercado ainda é pequeno
O segmento de locação de carros tem crescido no Brasil, mas os números são tímidos se comparados com outros países. De acordo com relatório da XP, no mercado brasileiro a incidência é de 2,7 automóveis de aluguel para cada mil habitantes. Nos Estados Unidos, o número chega a 7,4. O setor também é altamente pulverizado. Segundo a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), existem 14 mil locadoras no país, mas as grandes empresas (Movida, Localiza e Unidas) detêm 59% dos negócios.
"O sistema tributário brasileiro chegou ao seu limite. Como está hoje, não dá mais"
Bernard Appy, secretário especial para a reforma tributária