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Inflação dispara e o ministro Paulo Guedes tenta retirar foco dos aumentos

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Os números alarmantes estão aí, e não adianta o governo dar as costas para o problema. O IPCA-15, indicador prévio da inflação, acelerou para 0,89%, contra 0,72% em julho – o principal vilão foi o custo da energia, que aumentou 5%. Desde 2002, o mês de agosto não registrava uma subida de preços tão intensa.



O economista Alexandre Schwartsman até encontrou uma definição divertida para a inoperância do Ministério da Economia: “O Paulo Guedes (chefe da pasta) à rádio CBN virou cheerleader do governo para minimizar a inflação”, afirmou em entrevistO efeito da inflação para o bolso das pessoas é perverso – e não há graça nisso. Segundo dados do IBGE, o brasileiro está comprando menos. Com a alta de preços, porém, está gastando mais. “É o caso clássico em que a conta no final do mês é a mesma ou maior, mas o carrinho vai ficando mais vazio”, afirma Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Mercado financeiro rouba o glamour da publicidade

A consultora de RH Alana Ribeiro notou uma mudança notável no mundo corporativo. “Agora, todos os jovens querem trabalhar no mercado financeiro”, diz a especialista. O que explica o desejo? “As gestoras, casas de análises e fintechs incorporaram o glamour que até pouco tempo atrás havia em setores como publicidade e propaganda.” Isso, diz Alana, se traduz em salários melhores do que em outras áreas. “Na maioria dos casos, a fórmula de remuneração baseada em desempenho eleva os valores.”
 
 

Vacinação desigual levará a perdas de US$ 2,3 trilhões

O lento processo de vacinação e a oferta desigual de vacinas contra a COVID-19 em diferentes países deverão levar a perdas massivas para a economia global. Segundo cálculos da Economist Intelligence Unit, as nações ricas administraram 100 vezes mais imunizantes contra o coronavírus do que as economias pobres. Se o ritmo não for mudado, as perdas globais chegarão a US$ 2,3 trilhões nos próximos 4 anos, como resultado direto da paralisia econômica e dos custos impostos aos sistemas de saúde.




Mercedes vai produzir ônibus elétrico no Brasil

Enfim, uma boa notícia na indústria de veículos. A alemã Mercedes-Benz anunciou que produzirá ônibus elétricos no Brasil. Segundo a empresa, o projeto receberá R$ 100 milhões em investimentos – os recursos já chegaram à unidade de São Bernardo do Campo (SP) e fazem parte de um pacote maior de R$ 2,4 bilhões desembolsados no país entre 2018 e 2022. A ideia da empresa é abastecer o mercado brasileiro e os países vizinhos, mas os primeiros ônibus deverão chegar às ruas apenas em 2022.

R$ 171,2 bilhões

foi a arrecadação federal em julho, aumento de 35% na comparação com o mesmo mês de 2020, segundo a Receita Federal. Trata-se do maior valor para julho desde o início da série histórica, em 1995

RAPIDINHAS

  • Nesta semana, o Brasil entrou para a lista das quinze nações que mais produzem energia solar no mundo. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o país assumiu a 14ª posição, com uma capacidade instalada de 10 mil MW (megawatts), o equivalente a 70% da potência da usina hidrelétrica de Itaipu.

  • A startup mineira Enercred é o retrato do avanço do setor. Cinco anos após lançar o primeiro programa de assinatura de energia solar compartilhada do Brasil voltado para residências, a empresa viu a base de clientes crescer 15 vezes. Agora, a ideia é focar no setor corporativo, principalmente pequenas e médias empresas.




  • A companhia americana Delta adotará uma medida inusitada para incentivar os funcionários a tomarem a vacina contra a COVID-19: a cobrança de uma taxa mensal de US$ 200 (algo como R$ 1.050) para os que ainda não se protegeram contra o vírus. A medida anunciada pelo presidente da empresa, Ed Bastian, é válida a partir de 1º de novembro.

  • O avanço da variante Delta preocupa as empresas. Nos Estados Unidos, funcionários do Goldman Sachs, um dos maiores bancos do mundo, serão obrigados a fazer testes semanais de COVID-19, mesmo que estejam 100% vacinados. O Goldman quer trazer os colaboradores de volta para os escritórios.

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