Um estudo realizado pela gestora Riza Asset mostra a importância do agronegócio brasileiro para o mundo. No ano passado, 773 milhões de pessoas foram alimentadas por produtos originados no Brasil. Em 2011, eram 513 milhões. No atual ritmo de crescimento, não vai demorar para que se alcance a marca de um bilhão. Mas é preciso considerar o outro lado da moeda. O movimento colocará cada vez mais o agro nacional no foco de atenção dos estrangeiros – e eles estão de olho em eventuais deslizes ambientais. Nesse aspecto, a exoneração do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pode representar um alívio para o setor. Havia enorme incômodo, especialmente entre a ala mais jovem do universo agrícola, com a agenda de Salles, marcada pelo desprezo às questões de preservação. Agora, espera-se que o governo Bolsonaro tenha percebido que, sem o compromisso com a sustentabilidade, o futuro do agro brasileiro ficará comprometido.
Ipea melhora previsão de crescimento do agronegócio
Mais uma boa notícia produzida pelo agronegócio. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou para cima a projeção de crescimento do PIB do setor em 2021, que passou 2,2% para 2,6% na comparação com 2020. Mesmo assim, persiste a preocupação com as condições climáticas. Pelo segundo ano consecutivo, a seca prolongada no Centro-Sul do país deverá afetar o desempenho das fazendas. Segundo o Ipea, os melhores desempenhos virão da produção de trigo (27,9%) e soja (9,4%).
O Brasil não vai resolver a questão ambiental sem solucionar a questão social. Temos diferenças brutais entre as cidades do Sudeste e o interior do Norte e Nordeste
Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal
Vai ter Olimpíada
Faltando um mês para os Jogos de Tóquio, já dá para cravar: sim, haverá Olimpíada, mas ela será diferente. Restrições para a presença de públicos nas arenas, limites de circulação e uma série de protocolos sanitários vão retirar do evento aquilo que talvez seja o seu grande charme: o espírito ecumênico. Ninguém vai poder sair ou confraternizar. Há uma razão para a Olimpíada não ter sido adiada. Neste caso, o Comitê Olímpico Internacional teria de devolver US$ 5,4 bilhões pagos em direitos de transmissão.
Suíça reabre fronteira para brasileiros
Aos poucos, o mundo vai abrindo as fronteiras para os brasileiros. Ontem, o governo da Suíça anunciou o fim das restrições a partir do próximo sábado. Poderão desembarcar no país europeu as pessoas totalmente vacinadas com a primeira e segunda doses, desde que aplicadas até 11 dias antes da viagem. No entanto, serão aceitos apenas os imunizantes da BioNTech, Moderna, Pfizer, Janssen e AstraZeneca. A CoronaVac não está na lista, mas as autoridades suíças afirmaram que isso não é definitivo.
RAPIDINHAS
- Na aviação, é hora de decolar. A francesa Air France retomará os voos diários entre São Paulo e Paris a partir de 28 de junho. Com isso, serão 22 frequências semanais ligando o Brasil à Europa. Segundo a empresa, a iniciativa é reflexo da redução das restrições de circulação no Velho Continente. O setor projeta forte retomada no segundo semestre.
- Surgiu nova tendência no universo corporativo: uma divisão específica para promover diversidade e inclusão dentro das empresas. Nos Estados Unidos, metade das 500 maiores companhias criaram o cargo CDO (chief diversity officer) – o ocupante da área terá exatamente essa missão. No Brasil, o movimento é incipiente.
- A demanda por energia renovável cresce no Brasil. De janeiro a abril, cerca de 4 milhões de RECs (certificados de energia renovável) foram negociados no país, valor que equivale ao volume do ano passado inteiro. Os RECs foram emitidos por aproximadamente 200 usinas a biomassa, eólicas, hidrelétricas e solares.
- As promessas de redução das emissões de poluentes feitas por países e empresas não surtiram efeito algum. Segundo o Observatório de Linha de Base Atmosférica de Manua Loa, no Havaí, em maio, a quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera chegou a 419 partes por milhão – é o maior patamar em 63 anos.
US$ 4,1 bilhões
é quanto o megainvestidor americano Warren Buffett vai doar em ações de sua empresa de investimentos Bershire Hathaway para cinco fundações filantrópicas. Buffet pretende distribuir 99% de seu patrimônio líquido para a caridade