No dia 10 de agosto, o mercado financeiro projetou que a inflação de 2020 seria de 1,63%. A nova estimativa saiu ontem: 4,21%. Foi a 17ª semana consecutiva de piora nas projeções. Por mais que algumas autoridades em Brasília finjam que o problema não exista, a inflação está aí – e assusta.
Segundo o Instituto Brasileira de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre FGV), o preço das chamadas matérias-primas brutas – como soja, milho e minério de ferro – acelerou 68% nos 12 meses encerrados em outubro. É a maior arrancada em 26 anos. Na economia real, quase tudo está mais caro. Em algumas regiões do país, o preço do tomate, arroz e óleo, itens essenciais da cesta básica, dobrou desde o início do ano.
É evidente que existe uma alta expressiva que precisa ser combatida, sob o risco de o descontrole inflacionário ameaçar a retomada. A história brasileira ensina que não se brinca com inflação.
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Pandemia do coronavírus vai reforçar turismo domésticoApesar das promessas, produção de plástico disparaConta de luz pressiona inflação em cadeia, afetando outras despesasÉ evidente que existe uma alta expressiva que precisa ser combatida, sob o risco de o descontrole inflacionário ameaçar a retomada. A história brasileira ensina que não se brinca com inflação.
Quero-Quero quer expandir
A rede Quero-Quero, maior varejista especializada em materiais de construção do país em número de lojas e a segunda maior em área de vendas, definiu um plano ambicioso de expansão. A ideia é abrir 300 unidades entre 2020 e 2023, principalmente nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde enxerga oportunidades. Atualmente, a empresa conta com 378 unidades no Sul do Brasil. Com 54 anos de existência, a rede é sediada no Rio Grande do Sul, que concentra 75% das lojas.
Amazon, quem diria, perde mercado
A explosão do comércio eletrônico durante a pandemia provocou um efeito inesperado para a maior empresa do setor no mundo: a Amazon ficou um pouco menos poderosa – só um pouco. Segundo estudo da consultoria Bain & Company, a gigante de Jeff Bezos perdeu 2,5 pontos de participação no mercado on-line dos Estados Unidos no segundo trimestre. O aumento brutal da competição, seguido pela política de preços agressivos praticada pelos rivais, foram os principais responsáveis pela queda.
Clientes projetam Burger King ideal
O Burger King inaugurou em São Paulo uma lanchonete que é exatamente o que os clientes desejam. Segundo a rede, trata-se da primeira unidade do país a ter um modelo baseado nas opiniões dos consumidores. Durante um ano, eles apresentaram ideias à empresa, que incorporou boa parte delas. O restaurante conta com bicicletários, fachada de vidro com terraço, espaço pet e grelha de frente para o público – tudo foi sugerido pelos frequentadores. A iniciativa deverá ser levada para outras cidades.
Rapidinhas
- A Heineken amplia as ações na área sustentável. Uma de suas marcas, a cerveja Sol, passou a ser produzida somente com energia solar. A iniciativa foi adotada nas unidades de Ponta Grossa (PR) e Jacareí e (SP) faz parte do projeto “Drop the C”, que estabeleceu a meta de, até 2023, usar energia 100% renovável em todas as cervejarias do grupo.
- O mercado farmacêutico caminha para fechar 2020 com bom resultado. Nos dez primeiros meses do ano, faturou R$ 113 bilhões, um aumento de 13,6% sobre o mesmo período de 2019. Os dados da IQVIA, que audita o setor, mostram que os destaques no período foram antidepressivos, relaxantes, suplementos e vitaminas.
- O número de investidores na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, cresce em ritmo acelerado. Atualmente, 3,1 milhões de pessoas negociam ações no país, o que corresponde a um avanço de 90% em relação a um ano atrás. A participação feminina tem aumentado, mas ainda é baixa. Elas respondem por apenas 26% do total.
- Os sites americanos especializados em tecnologia publicaram uma informação preocupante. Segundo a denúncia, hackers conseguem invadir remotamente iPhones sem qualquer interação com o dono do aparelho. A vítima não precisa clicar em links, abrir e-mails ou baixar aplicativos. O ataque é feito a partir de conexões Bluetooth.
“Colocar a política fiscal nos trilhos não resolve tudo, mas sinaliza qual é o caminho”
- Zeina Latif, economista
US$ 3,6 bilhões
é quanto a suíça Nestlé investirá nos próximos cinco anos para reduzir as emissões de carbono e aumentar o uso de energias provenientes de fontes renováveis