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AMAURI SEGALLA

Criação da nova CPMF divide opiniões de executivos de diferentes setores

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A eventual recriação da CPMF, uma das ideias defendidas pelo ministro Paulo Guedes na reforma tributária, desperta opiniões divergentes entre executivos de diversos setores. Em teleconferência realizada ontem, Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco, explicou por que não gosta da iniciativa. “Além de não ser o imposto mais eficiente, ele prejudica as cadeias econômicas que têm muitos agentes e geram muitas transações”, afirmou. “Como a CPMF incide em cada elo da cadeia, acaba encarecendo o produto final”.



Presidente do conselho de administração da Riachuelo, Flávio Rocha vai no caminho oposto. Ele lidera um grupo que defende a nova CPMF, argumentando que ela seria muito mais eficaz do que a instituição de outros impostos. Essa visão é compartilhada por Sérgio Zimerman, presidente da rede varejista Petz. As posições contrárias mostram que o tema é sensível e deverá provocar muitos debates nos próximos meses.

Vendas de carros novos reagem

Se havia dúvidas a respeito da retomada da indústria automotiva, elas foram dissipadas com os resultados divulgados pela Fenabrave, a associação que reúne as concessionárias. Em julho, as vendas de carros novos subiram 33% na comparação com junho, desempenho que superou as projeções dos analistas. “A confiança começou a melhor ar”, disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção. Mesmo assim, a estrada é longa para uma total recuperação. Os emplacamentos foram 30% menores do que um ano atrás.

Empresas de turismo demitem na crise

O site de hospedagem Booking.com, um dos líderes do mercado, não resistiu às restrições de circulação na crise do coronavírus. Nas próximas semanas, a empresa pretende demitir 4 mil de seus 17 mil funcionários. Não é um caso único no setor. Recentemente, empresas como Airbnb e TripAdvisor cortaram o equivalente a 25% de sua força de trabalho. De acordo com um estudo da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, o turismo global deverá perder US$ 1,2 trilhão em 2020.





Richard Branson falha e Virgin Atlantic pede falência

Nos últimos anos, o empresário inglês Richard Branson construiu a imagem de executivo infalível, uma espécie de mago que transforma qualquer negócio em ouro puro. Com a crise do coronavírus, isso parece ter ficado para trás. Sua companhia aérea Virgin Atlantic entrou com pedido de falência após o número de voos ter caído quase 90% durante a pandemia do coronavírus. Outra companhia do grupo, a Virgin Australia, já havia decretado falência em abril.

RAPIDINHAS

  • A japonesa konami, dona da marca PES e uma das maiores desenvolvedoras de videogames do mundo, quer transformar o São Paulo em um de seus parceiros globais. A empresa licenciou o clube para a versão PES 2021 e estampará seu no me na camisa dos jogadores a partir do próximo domingo, na estreia do Campeonato Brasileiro.

  • A Dasa, líder em medicina diagnóstica na América Latina, está usando algoritmos de inteligência artificial na análise de exames de pulmão de pacientes com a COVID-19. O projeto, feito em parceria com a Harvard Medical School, torna o diagnóstico mais preciso. Recentemente, o laboratório de inovação DasaInova recebeu R$ 20 milhões em investimentos.



  • A crise do coronavírus fez com que 44% dos brasileiros experimentassem novas marcas, segundo estudo realizado pela consultoria Dunnhumby. As mudanças se devem à procura por itens mais baratos ou em promoção. Agora, o desafio é descobrir como será o comportamento do consumidor com retomada das atividades.

  • Na última década, diversos estudos colocaram Apple, Google e Microsoft como as empresas mais desejadas por estudantes americanos para trabalhar. Agora isso mudou. Pela primeira vez, Tesla e SpaceX, do excêntrico Elon Musk, aparecem no topo da lista, em uma nova pesquisa realizada com 44 mil alunos de engenharia.

47%

dos pagamentos no Brasil são feitos em dinheiro, segundo a consultoria Mckinsey. É um dos índices mais altos do mundo, o que demonstra o potencial da adoção de novas tecnologias


“Numa empresa, me disseram que eu era apenas jovem e bonita. Trabalhei até ficar óbvio que havia discriminação. Virei diretora”

  • Flávia Bittencourt, presidente da Adidas no Brasil