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AMAURI SEGALLA

Vem aí revolução com lojas criando os 'próprios bancos'

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Open banking e a revolução dos meios de pagamento

O início da implementação do open banking no Brasil, previsto para novembro, e o lançamento do PIX, o sistema de pagamento digital do Banco Central, vão provocar grandes mudanças no setor financeiro. Com as duas iniciativas, qualquer empresa poderá criar o seu próprio meio de pagamento. Uma loja, por exemplo, terá liberdade para desenvolver um sistema independente de transações monetárias, já que tudo será feito por meio de QR Code. As grandes corporações estão atentas às novas oportunidades. Recentemente, a operadora Vivo lançou o Vivo Money, que concede empréstimos de até R$ 30 mil. A Claro planeja apresentar ao mercado, até o final do ano, um braço de negócios que irá oferecer produtos financeiros. No varejo, Renner, Riachuelo e C&A seguem pelo mesmo caminho. Tudo isso vai impor mais dificuldades aos bancos tradicionais, já ameaçados pelas fintechs. As mudanças nos meios de pagamento são uma tendência mundial e ninguém conseguirá escapar delas.





Pandemia muda hábitos de consumo
O varejo tradicional e o comércio eletrônico vivem situações opostas na pandemia. Segundo projeção do Instituto de Economia Gastão Vidigal, as vendas físicas deverão recuar 5,2% em 2020 na comparação com 2019. Enquanto isso, os negócios on-line poderão ter crescimento recorde de até 35%. Especialistas consideram que a mudança veio para ficar. Na pandemia, os consumidores – principalmente os mais velhos – aprenderam a fazer compras virtuais e nada indica que irão abandonar os novos hábitos.

(foto: CHARLY TRIBALLEAU/AFP %u2013 14/12/17)

Na Renault, perdas recordes e pressão dos trabalhadores
A francesa Renault é o retrato dos efeitos perversos da crise do coronavírus na indústria automotiva. No primeiro semestre, período marcado pela pandemia, a companhia perdeu globalmente algo como R$ 40 bilhões. O número é assombroso e supera o faturamento de um ano inteiro de uma corporação do porte do frigorífico BRF ou da operadora Claro no Brasil. Para piorar, a Renault enfrenta a pressão de trabalhadores, que não aceitam demissões ou reduções de salário.

Budweiser zero e Coca-Cola alcoólica
O mercado de bebidas vive um momento curioso. Enquanto as fabricantes de cerveja investem em produtos sem álcool, as empresas de refrigerantes entram no ramo de bebidas alcoólicas. A Budweiser lançou a sua primeira cerveja zero álcool porque “nem todo mundo quer ficar de ressaca”, segundo o ex-jogador da NBA Dwyane Wade, garoto-propaganda do projeto. Já a Coca- Cola apresentou uma bebida de baixo teor alcoólico para fisgar um mercado em expansão. Na crise, todo mundo quer se reinventar.





Rapidinhas
 A crise continua feia, mas algumas empresas surpreendem. A SegurPro, ligada ao Grupo Prosegur, contratou 1.300 funcionários em junho, em plena pandemia. O processo seletivo foi 100% digital, sem que os candidatos precisassem se deslocar até a sede física. Entre os cargos preenchidos estão vigilantes, porteiros e recepcionistas.

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Qual é o impacto financeiro do home office para as empresas? O Banco do Brasil fez as contas: em 12 anos, a manutenção do trabalho remoto para parte de seus funcionários representará uma economia de R$ 1,7 bilhão. Com 32 mil colaboradores dando expediente em casa, a instituição pretende devolver 19 de seus 35 prédios comerciais.

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Por mais que as empresas tenham dúvidas sobre a eficácia do trabalho a distância, é cada vez mais visível os seus efeitos positivos. Além de economizarem com a devolução dos escritórios, elas eliminam, por exemplo, custos com vagas de estacionamento e energia elétrica. Não vai demorar para que o home office seja reconhecido como vantagem competitiva.

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Um estudo realizado pelo Instituto Ethos escancara o longo caminho para a inclusão de negros. Segundo o levantamento, só há um conselheiro afrodescendente entre as 500 maiores empresas do Brasil. Trata-se de um desequilíbrio brutal: os negros são 54% da população brasileira.
 
(foto: Drew Angerer/AFP %u2013 28/10/19)