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Experiência europeia mostra que isolamento traz recuperação rápida da economia

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(foto: Eric Piermont/AFP)


A Volkswagen retomou ontem as atividades de sua fábrica na cidade de Wolfsburg, na Alemanha. A operação foi paralisada em meados de março para evitar a propagação do coronavírus, mas a redução de número de casos no país estimulou a empresa a reabrir a unidade. A notícia é ótima. Apenas nesta semana, a VW projeta fabricar 1,4 mil carros na planta de Wolfsburg e outros 6 mil nos próximos 15 dias. Enquanto no Brasil alguns setores da sociedade querem voltar à rotina normal a qualquer custo e até desrespeitam a quarentena, a experiência europeia mostra que, se o país segue à risca as regras de isolamento, a economia se recupera mais rapidamente. Na Espanha, depois de restrições severas de circulação, os casos de coronavírus desabaram e algumas atividades já funcionam normalmente, como a indústria e a construção civil. A Itália, que durante muito tempo foi o epicentro da crise, se prepara para a saída gradual do isolamento a partir de 4 de maio. No Brasil, esse cenário parece distante.


 
 
 

Bancos prorrogam R$ 22 bilhões em dívidas


Os bancos adiaram a cobrança de R$ 22,2 bilhões em dívidas que teriam parcelas vencidas nos próximos meses. Segundo cálculos da Febraban, a entidade do setor, o valor diz respeito a 3,8 milhões de contratos de empréstimos tomados por empresas e consumidores. O montante total desses contratos é de R$ 230,6 bilhões. Em março, Itaú, Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Caixa anunciaram a carência dois a seis meses para o pagamento de parcelas durante a crise do coronavírus.
 
(foto: Miguel Schincariol/AFP)
 
 

US$ 28,1 bilhões 

É quanto o francês Bernard Arnault, dono do conglomerado de luxo LVMH, perdeu com a crise do coronavírus. Ninguém no mundo teve tantos prejuízos com a pandemia 
 

WhatsApp 1: Cerco às fake news


O WhatsApp está fechando o cerco às fake news, que têm feito muito mal ao ambiente político brasileiro. O volume de mensagens encaminhadas no aplicativo caiu 70% após o limite de envio a apenas um destinatário ou grupo por vez. A nova política foi estabelecida no início de abril para conter a disseminação de notícias falsas, principalmente aquelas relacionadas à pandemia do novo coronavírus. “A medida ajuda o WhatsApp a ser um lugar para conversas pessoais e privadas”, disse a empresa em nota.

WhatsApp 2: Videoconferência para até 50 pessoas


As videoconferências se tornaram um fenômeno empresarial na crise do coronavírus. O sucesso de plataformas como Zoom, Google Meet e Microsoft Teams chamou a atenção do Facebook, que lançou na semana passada o Messenger Rooms. O curioso é que a novidade recém-apresentada pode ser introduzida como mais um recurso do WhatsApp, que pertence ao próprio Facebook. A integração com o aplicativo de mensagens permitirá a realização de videoconferências com a participação simultânea de até 50 pessoas. 


 

Rapidinhas 

 
(foto: Honório Moreira/OIMP/D.A Press)
 
» É natural que uma crise planetária provoque estragos na economia, mas o impacto no Brasil parece ser maior. Em dólar, o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, despencou 55% em 2020. É o pior desempenho do mundo – logo depois aparecem as bolsas da Namíbia e da Colômbia. Por que o Ibovespa caiu tanto?

» A instabilidade política é uma das razões que explicam o pífio desempenho do mercado de ações brasileiro. Se dependesse das empresas, o cenário seria diferente. O país, afinal, conta com companhias sólidas, um ambiente corporativo diversificado e setores bastante avançados (alimentos, financeiro, construção). Basta a 
política não atrapalhar.

» A Apple vai adiar em um mês o início da produção das novas linhas de iPhones previstas para chegar ao mercado no fim de 2020. Segundo a empresa, o atraso se deve à paralisação das fábricas na Ásia em fevereiro e março por causa da crise do coronavírus. A meta da Apple é lançar quatro novos modelos de iPhone neste ano.

» O home office veio para ficar, mas é preciso proteger melhor as redes domésticas de computadores. Em março, os ataques de hackers contra empresas cresceram 148% na comparação com o mês anterior, segundo dados da VMware Carbon Clack, companhia especializada em cibersegurança. Os criminosos não param de agir nem durante a pandemia.