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Estado de Minas MERCADO S/A

Grandes empresas sairão mais fortes da crise do coronavírus

Com recursos em caixa e maior acesso a linhas de financiamento, o que faz diferença em momentos de turbulência aguda, as maiores companhias poderão inclusive ampliar a sua atuação


postado em 06/04/2020 04:00 / atualizado em 06/04/2020 06:56

Queda de vendas no varejo já tem sido sentida entre os indicadores da economia que mostraram deterioração com o avanço do coronavírus(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Queda de vendas no varejo já tem sido sentida entre os indicadores da economia que mostraram deterioração com o avanço do coronavírus (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)


A crise do coronavírus levou à rápida deterioração dos indicadores econômicos, com quedas expressivas da produção industrial, das vendas no varejo e dos índices de emprego. Diante dos dados negativos já colocados, os economistas começam a debater outra questão: como será a recuperação? As grandes empresas, especialmente aquelas com ações listadas em bolsa, devem sofrer menos. Elas, afinal, têm mais recursos em caixa e contam com maior acesso às linhas de financiamento, o que faz diferença em momentos de crises agudas. No geral, dizem os especialistas, as grandes corporações sobrevivem e tendem a ampliar seus tentáculos. Segundo o Global Policy Forum, as 200 maiores empresas do mundo detêm 30% da produção global, mas o coronavírus pode ampliar essa participação para 40%. Ou seja: o mundo provavelmente verá no futuro próximo uma concentração maior dos negócios nas mãos de grupos cada vez mais poderosos.

Fintechs vão oferecer R$ 10 bi

Os grandes bancos continuam negando crédito para endividados ou cobrando juros abusivos de donos de pequenos negócios. Eis aí uma excelente oportunidade para as fintechs. Segundo a Associação Brasileira de Internet (Abranet), existem pelo menos 200 empresas no ramo que podem oferecer um total de R$ 10 bilhões em crédito. Uma delas, a Uffa, plataforma de renegociação de dívidas e concessão de empréstimos, vai contratar vinte funcionários para atender à crescente demanda.

Buffett vende ações de aéreas

Warren Buffett, um dos maiores gênios da história do mercado financeiro, vendeu o equivalente a US$ 400 milhões em ações das companhias aéreas americanas Delta e Southwest Airlines. O movimento de Buffett, conhecido pela notável capacidade de análise, é péssimo sinal para o setor. Com a crise do coronavírus e as viagens praticamente paradas, as aéreas terão dificuldade para sobreviver. Na América do Sul, a Latam informou que vai reduzir em 95% o número de voos em abril.

Kraft Heinz planeja linha de crédito

A Kraft Heinz, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, está trabalhando em turnos ininterruptos nos Estados Unidos. Com a crise, muita gente decidiu estocar comida. Resultado: a empresa nunca vendeu tanto. No Brasil, a Kraft estuda lançar uma linha de crédito para bares e restaurantes, que respondem por 20% de seu faturamento. A informação foi dada por Miguel Patricio, presidente da companhia no Brasil, em live organizada pela XP Investimentos.


RAPIDINHAS


O Zoom, aplicativo de videochamadas que triplicou o número de usuários com o isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, tem enfrentado uma série de reclamações relacionadas à segurança digital. Algumas companhias barraram o uso do app sob a alegação que ele favorece o vazamento de informações sigilosas.


O empresário Elon Musk, presidente da SpaceX, impediu que seus funcionários façam reuniões virtuais por meio do Zoom, afirmando que “há razões suficientes para acreditar que o aplicativo é uma ferramenta que permite a captura de dados das empresas.” A Nasa, agência espacial do governo americano, também bloqueou a plataforma.


Um empresário da construção civil comprou, no mercado paralelo, testes rápidos para o coronavírus. Ele disse para um colega do setor que se, a pandemia durar, vai testar as pessoas com as quais se relaciona. Isso é esquisito. Tudo o que o mundo não precisa agora é segregar os doentes da COVID-19. Além disso, muitos desses testes sequer funcionam.


A Ultrafarma, maior rede de drogarias virtuais do país, vai lançar seu primeiro aplicativo para a venda on-line de medicamentos. De acordo com a empresa, o app “Ultrafarma: Tá No Seu Coração” será voltado para os consumidores idosos, que formam o principal grupo de risco da pandemia do coronavírus.

170 toneladas de álcool gel foram produzidas pela fabricante de cosméticos L’Oréal Brasil. Segundo a empresa, os itensserão doados para profissionais de saúde e comunidades pobres.

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