O empresariado brasileiro está dividido entre duas grandes correntes. De um lado, os que defendem a volta imediata dos trabalhadores em quarentena. De outro, os que consideram arriscado expor a população ao coronavírus. É lamentável como o país não consegue se livrar do radicalismo dos extremos. As duas divisões antagônicas não apenas confundem a população como escancaram a profunda desunião do país. É assim em todos os setores da sociedade. A cloroquina funciona contra a COVID-19? A medicina não tem a resposta definitiva, mas os fanáticos do “sim” e do “não” sustentam seus pontos de vista como se realmente soubessem. O pacote econômico do governo para socorrer as empresas é suficiente? A crise vai durar 15 dias ou cinco meses? A bolsa vai se recuperar rapidamente? Para cada um dos questionamentos acima há uma legião de “especialistas” com convicções indestrutíveis. Se há uma lição que o coronavírus deixou, ela é a seguinte: por enquanto, ninguém pode ter 100% de certeza de nada.
BRASIL CONTINUA DIVIDIDO ATé NA CRISE DO CORONAVíRUS