Poucos setores cresceram tanto nos últimos anos quanto o de aplicativos de entrega. A inovação não só mudou a paisagem urbana com suas milhares de bicicletas circulando pelas grandes cidades como inspirou debates sobre as relações de trabalho. Agora, os apps estão diante de uma oportunidade única. Com o isolamento social imposto pelas autoridades para conter o coronavírus, os aplicativos têm a chance de se tornar indispensáveis na vida de empresas e pessoas. Enquanto o Brasil para, marcas como Rappi (foto), iFood, Uber Eats e James Delivery funcionam a todo vapor, transportando comida, documentos, objetos e até realizando entregas em dinheiro para quem está impossibilitado de sair de casa. Presente em 60 cidades brasileiras, a Rappi contabiliza aumento de 30% nos pedidos nos dois primeiros meses de 2020 ante os dois últimos de 2019. É um desempenho notável considerando que a empresa já estava acelerando antes da crise. Tudo indica que o crescimento será maior nas próximas semanas.
Bolsa brasileira tem pior desempenho do mundo
Via Varejo pode ser obrigada a fazer liquidações
Se a quarentena durar muito, as grandes redes de varejo terão tempos difíceis pela frente. Um relatório do banco de investimentos suíço UBS concluiu que a Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia (foto) e Ponto Frio, poderá ser obrigada a fazer grandes liquidações de estoque para ter algum tipo de receita enquanto suas lojas permanecerem fechadas. Segundo o UBS, as vendas online não serão suficientes para equilibrar a balança. Longe disso. O banco prevê queda de 30% dos negócios pelo e-commerce.Crise gera onda global de solidariedade
A pandemia do coronavírus começa a gerar uma onda mundial de solidariedade. Ontem, o frigorífico Marfrig anunciou a doação de R$ 7,5 milhões para o Ministério da Saúde. Segundo a empresa, o dinheiro será destinado à compra de testes rápidos para diagnosticar a doença. No exterior, grandes empresas também se mobilizam. A Apple doou dois milhões de máscaras para profissionais de saúde nos Estados Unidos e na Europa, e a Microsoft cedeu a hospitais 15 mil óculos de proteção.RAPIDINHAS
5 milhões de kits de testes rápidos para o novo coronavírus serão doados pela Vale ao governo. Comprados na China, os testes permitem resultados em 15 minutos