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Não é só o coronavírus que preocupa o mercado nacional

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Nos últimos dias, analistas de diferentes correntes calcularam, mesmo diante das incertezas, o impacto do coronavírus na economia brasileira. É óbvio que haverá efeitos negativos, mas a dimensão deles permanece desconhecida. O problema é que a epidemia parece ter ocultado os diversos dilemas nacionais. Por exemplo: o PIB não deslancha, e isso antes de a epidemia explodir. O final do ano passado foi ruim e a retomada, ao que parece, não será vigorosa. Aliás, longe disso. As previsões já rebaixaram o PIB para menos de 2%, um avanço, convenha mos, modesto demais. O mercado de trabalho permanece em ritmo lento, a indústria não destrava, o consumo começa a gerar alguma desconfiança e o próprio governo tem se revelado uma usina geradora de crises. Ontem, o índice CDS, que mede o risco-país, atingiu o maior nível desde 21 de novembro de 2019 (quanto maior o indicador, menor é a confiança dos investidores). O Brasil precisa reagir – com ou sem coronavírus.


 
 
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Sites de apostas investem no esporte brasileiro

Os sites de apostas estão se tornando uma fonte vital de recursos para o esporte brasileiro. No futebol, treze dos vinte clubes da Série A são patrocinados por empresas desse tipo. A onda começa a chegar ao basquete. Há alguns dias, o site Vivagol assinou um contrato com a Liga Nacional de Basquete (LNB) para patrocinar eventos promovidos pela associação. Entre eles, o NBB Caixa, principal torneio de clubes de basquete do país, e o Jogo das Estrelas 2020.

 
R$ 5,6 mil é quanto o governo de Hong Kong vai doar a cada um de seus cidadãos com 18 anos ou mais. Segundo as autoridades, a medida busca aliviar a crise provocada por meses de protestos populares e pelo surto do coronavírus
 
(foto: Infomoney/Reprodução)

Meirelles não perde a chance de cutucar Guedes

Henrique Meirelles andava sumido das redes sociais, mas retomou as postagens nos últimos dias. O homem responsável pelas finanças de São Paulo, estado que o emprega como secretário da Fazenda, parece disposto a cutucar o ministro da Economia, Paulo Guedes. No Twitter, comparou os índices de atividade econômica divulgados pelo Banco Central. “O crescimento de São Paulo, no ano passado, foi de 2,8%, mais de três vezes a taxa nacional, que ficou em 0,9%”, escreveu o ex-ministro de Michel Temer.





Cinépolis entra em cena no interior do país

O Brasil é um mercado pouco explorado pelos exibidores de cinema. São apenas 3,4 mil salas para uma população de 210 milhões de pessoas. Para efeito de comparação, o México tem a metade da população e o dobro de salas. Com essas contas em mente, a mexicana Cinépolis, que em 2020 completa uma década no mercado brasileiro, tem ampliado os investimentos em cidades menores, que sempre foram esquecidas pelas empresas do setor. A exibidora tem 431 salas no Brasil, mas quer chegar a 500.



RAPIDINHAS


» Poucos setores no Brasil cresceram tanto nos últimos anos quanto o atacarejo, como são chamados os supermercados que combinam características do atacado e do varejo. A economia fraca obrigou os consumidores a buscar produtos baratos, e foi assim que o atacarejo conquistou clientes.

» Segundo a Nielsen, produtos comprados em atacarejos estão presentes em 62% dos lares brasileiros. O desafio é continuar a crescer mesmo com a economia mais forte, evitando que os clientes migrem para supermercados convencionais. Uma das apostas é melhorar experiência de compra do consumidor, tornando as lojas mais agradáveis.

» A Ong As You Sow produziu um ranking sobre as disparidades salariais nos Estados Unidos. De acordo com o estudo, os presidentes da Oracle Mark Hurd (que morreu em outubro de 2019) e Safra Catz receberam no ano passado US$ 216 milhões, valor 2,4 mil vezes maior que a média salarial dos funcionários da empresa. Em nenhuma outra companhia a diferença foi tão grande.
 
»  Um empresário do ramo imobiliário, astuto observador da cena política brasileira, diz que o governo precisa de uma agenda positiva. “Faz 15 dias que só se ouve falar em crise, ninguém suporta mais”, diz. “É hora de mergulhar nas reformas administrativa e tributária, e dar uma resposta à sociedade.”