Jornal Estado de Minas

mercado s/a

Vamos brincar agora de liberal-democracia

- Foto: Wilson Dias/Agência - 2013 27/11/18
O 2º Macro Day, evento realizado ontem em São Paulo pelo banco BTG Pactual, deixou duas conclusões óbvias. A primeira: a agenda pró-negócios do governo Bolsonaro convenceu empresários, executivos e toda a turma do mercado financeiro de que o país crescerá com força no futuro próximo. A segunda conclusão: o ministro da Economia, Paulo Guedes, está mesmo disposto a transformar o Estado brasileiro. “Já tivemos 30 anos de social-democracia”, disse. “Vamos brincar agora de liberal-democracia.” Guedes bateu novamente na tecla da redução do Estado. “Queremos uma União discreta, mas de alta qualidade. O regime público intervencionista não funciona mais. Quando o governo tem 45% do PIB, degenera a política.
Não dá mais para ser assim. As amarras estão sendo afrouxadas. A sociedade está madura, o Congresso está maduro, o Supremo está maduro. O Brasil vai mudar. Estou muito otimista.” Acompanhe a seguir outros destaques do evento.

RAPIDINHAS

  •  Um dos maiores produtores de açúcar e etanol do país, o Grupo São Martinho aposta no mercado chinês para recuperar o terreno perdido nos últimos anos. O chairman Marcelo Campos Ometto está no país da muralha negociando com empresários locais os detalhes de um contrato de exportação de combustível e parcerias para produção na Ásia.

  •  A Opensignal, consultoria global da área de telecomunicações, realizou uma pesquisa sobre a velocidade de operação dos smartphones. Foram analisados 23 milhões de aparelhos.
    Os usuários da Samsung fizeram downloads mais rápidos em 35% dos 40 países pesquisados. No Brasil, a Samsung teve os piores resultados, atrás da Apple e da Huawei.

  •  A Volanty, marketplace de carros seminovos, recebeu um aporte de R$ 70 milhões do grupo japonês SoftBank e da empresa de venture capital Kaszek Ventures. A startup, que conecta compradores e vendedores de carros, nasceu no Rio de Janeiro em 2017 e cresceu cerca de 20 vezes desde então.

  •  Entre os dias 12 e 21 deste mês, uma comitiva do governo de Moçambique vem ao Brasil para conhecer o programa “Pesca para Sempre”. Desenvolvido pela ONG Rare Brasil, com apoio do ICMBio e da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas (Confrem), o programa busca melhorar a cadeia produtiva da pesca nas regiões Norte e Nordeste.

 
 
 
 



- Foto: Reprodução da internet
 



Marcos Cintra diz que prioridade é reforma tributária
A reforma tributária vai sair. Pelo menos foi isso o que garantiu o secretário especial da Receita, Marcos Cintra. Segundo ele, a ideia é o governo apresentar a proposta na próxima semana. Ela será sustentada por três frentes: desoneração da folha de pagamentos, revisão do Imposto de Renda e criação de um imposto único federal. “Essa é uma discussão complexa e não podemos repetir o fracasso de governos anteriores”, disse Cintra.
“Não podemos terminar o governo sem fazer uma ampla reforma.”
 

“O Estado brasileiro é obeso e oneroso”
Poucas vezes um integrante do governo foi tão assertivo na defesa da agenda liberal quanto o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar. “O Estado brasileiro é gigantesco, obeso, burocrático e oneroso para o pagador de imposto”, disse Salim. “Ele inferniza a vida do cidadão e das empresas.” Segundo Mattar, há 130 empresas com potencial para privatização no país – um recorde no mundo.

Para secretário do Tesouro, país voltará a ter superávit em 2024
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, fez as contas: com a mudança do panorama fiscal brasileiro, o país voltará a ter superávit primário em 2024. Mansueto é o retrato do otimismo. “Conseguimos avançar uma reforma que estava atrasada há 20 anos”, disse. “Mais importante do que isso, ela contou com o apoio da maior parte da população.” Mansueto garantiu que agora a prioridade é a reforma tributária: “Temos uma oportunidade de ouro para mudar o sistema”. 
 
.