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Atiradores cegos vão levar o troco nas urnas no ano que vem

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É cada vez mais ouvido e escrito o termo crise institucional. A vizinhança entre pandemia e eleição tem a ver com os ânimos. Ciro Gomes revelou o objetivo político: “Todos nós estamos tratando de destruir o Bolsonaro, senão ele fica aí oito anos e acaba de liquidar o país”. Se é para usar a pandemia, esqueceram de avisar o vírus. O corona, que traz sofrimento e leva vidas, atinge indiscriminadamente a política e seus objetivos eleitorais.




 
Nesta segunda onda, governadores repetiram com mais rigidez medidas do ano passado, sem usar o que a medicina aprendeu em um ano de experiência, para evitar lotação dos hospitais. Veio a reação dos prejudicados com os fechamentos.

Trabalhadores, empresários e prefeitos reclamam de governadores. Prefeitos reclamam da invasão de sua autonomia, empresários reclamam de prefeitos e governadores e o povo que vai ficando mais pobre reclama dos que põem a polícia para tolher o direito de trabalhar.
 
Os governadores voltaram a aplicar as medidas do ano passado, esperando resultados diferentes. Mas cada vez mais prefeitos apresentam novas ideias.

Atacam a COVID aos primeiros sintomas e reagem ao fechamento da atividade. Desgaste para muitos governadores, pior para presidenciáveis como Dória e o gaúcho Eduardo Leite.



As candidaturas se diluem.Os que negam resultados das descobertas médicas, que querem todos paralisados, se distanciam da realidade do povo e das urnas.
 
Ainda tem o Supremo, cada vez mais guardando menos a Constituição. Fachin anula condenações de Lula, Moraes prende um jornalista e um deputado, suspende uma lei para proibir uma ferrovia estratégica e vira alvo quinta-feira, quando o senador Kajuru e o jornalista Caio Coppola entregam 3 milhões de assinaturas para o Senado abrir processo de impeachment contra ele.

O alvo revelado por Ciro é o presidente, mas o fogo amigo está fazendo baixas e o principal atingido é o brasileiro privado de renda e de tratamento inicial na COVID. Hoje, com as redes sociais, está difícil criar narrativas para evitar o troco na urna do ano que vem.

audima