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Estado de Minas COLUNA DO ALEXANDRE GARCIA

Novo coronavírus não pode ser usado na disputa do poder

Será que não percebemos que a politização e a ideologização do vírus é que nos tornam reféns desse perigo para a nossa saúde física, mental e financeira?


postado em 08/04/2020 04:00 / atualizado em 08/04/2020 08:28

A hidroxicloroquina, utilizada no tratamento da malária, tem sido usada em alguns pacientes com COVID-19(foto: GERARD JULIEN/AFP 26/2/20)
A hidroxicloroquina, utilizada no tratamento da malária, tem sido usada em alguns pacientes com COVID-19 (foto: GERARD JULIEN/AFP 26/2/20)


O novo coronavírus, que nem brasileiro é, já tem partido e ideologia aqui no Brasil. Como partido, por ser estrangeiro, é inconstitucional e não pode, por exemplo, ter atividade política com intenções de reeleger ou derrubar presidente nem pode, pela lei eleitoral, ter candidatos a prefeito, governador ou presidente da república. Esse estrangeiro oportunista, no entanto, está fazendo política e conseguindo matar brasileiros, empresas, empregos e renda.

Será que não percebemos que a politização e a ideologização do vírus é que nos tornam reféns desse perigo para a nossa saúde física, mental e financeira? E que o bate-boca ideológico só agrava a situação? Enquanto nos mandam cobrir nosso nariz e boca com máscara, na verdade quem se mascara para não ser reconhecido na sua personalidade política e ideológica é o corona. Superando a perplexidade do pânico que imobiliza o pensamento e a ingenuidade passiva de 'massa de manobra',  é tempo de perceber que não se pode permitir que esse estrangeiro seja usado na disputa do poder.

Politizar o vírus é potencializar seu poder de destruição. A manipulação a que temos sido submetidos por razões políticas é o velho truque de tirar vantagem no caos. E quem tem o caos como meta pouco está ligando para a sobrevivência dos brasileiros.

Veja uma questão óbvia. Descobriu-se que um velho conhecido remédio contra a malária é capaz de combater com êxito a COVID-19, desde que aplicado logo nos primeiros sintomas, sem nem sequer esperar o resultado do exame. A contraindicação é mínima, que o diga a ex-senadora Marina Silva, 62 anos, que já passou por cinco malárias. Em São Paulo, em alguns hospitais, a aplicação da hidroxicloroquina com azitromicina tem salvado vidas e recuperado rapidamente os doentes. Mas há resistências políticas, pois poderia significar uma vitória sobre o vírus e um antídoto contra o caos. O mundo inteiro está combinando esse remédio contra a malária com antibiótico ou antiviral; mas aqui não pode, opõem-se os que têm o caos como alvo.

Já se sabe que o vírus perde força no calor e num corpo jovem e saudável. O nosso país tropical tem 80% de brasileiros abaixo dos 50 anos. São quase 170 milhões de pessoas. Tirando dessa faixa doentes e primeira infância, ainda temos uma população de mais de 140 milhões que está sendo paralisada. Protegendo os de saúde debilitada, poderíamos segurar as duas pontas da crise: a doença e o despencar da renda. Em ambas, estão vidas. Mas se associaram ao corona, os subvírus da política, do ódio, da vingança, do egoísmo, da vaidade. Se nos isolássemos disso, cedendo espaço à razão, ao método, à união, amanhã estaremos mais fortes.

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