Homem sequestrado e morto por dívida de drogas ainda tinha tempo para pagar
Corpo foi encontrado em aterro sanitário em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em 21 de janeiro deste ano, depois de sequestro e tortura
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Siga noO homem sequestrado, torturado e morto por dívida de drogas que teve o corpo encontrado em uma estrada de aterro sanitário na BR-381 em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ainda tinha tempo para quitação da quantia. É o que aponta investigação concluída pela Polícia Civil.
Na manhã de 21 de janeiro, uma terça-feira, a vítima foi sequestrada de sua casa, no bairro Operário, e a Polícia Militar foi acionada prontamente pela esposa. Segundo ela, o homem foi levado por uma dívida de mais de R$ 1.600.
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De acordo com a delegada Adriana das Neves Rosa, responsável pela investigação, o crime foi motivado por uma dívida de R$ 1.700, cobrada dias antes. “Dias antes do homicídio, os suspeitos abordaram a vítima em um posto de saúde para exigir o pagamento da dívida. Nesse dia, a vítima entregou parte da droga que estava em sua posse, mas a quantidade consumida gerou um débito que ainda não havia sido quitado", detalhou.
No dia seguinte à abordagem, a esposa da vítima fez o pagamento de R$ 1.000 na tentativa de amenizar a dívida, mas ela relatou aos policiais que os traficantes queriam a quantia completa. Conforme a investigação, a esposa se comprometeu a pagar o restante da dívida, mas não deu tempo.
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“Na manhã do dia 21, antes do prazo acordado, os investigados sequestraram, torturaram e mataram a vítima”, revelou a delegada. O homem foi encontrado de bruços nas proximidades de um aterro sanitário, na BR-381, com ferimentos na nuca, costas, cabeça e rosto, com aparência de terem sido causados por pedradas.
Prisões
O Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), por meio da Delegacia Especializada de Investigação de Homicídios em Santa Luzia, identificou três homens e uma mulher, com idades entre 22 e 33 anos, que foram indiciados e presos.
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Conforme a investigação, o líder do grupo estava em regime de prisão semiaberto, trabalhava durante o dia e retornou ao presídio após o assassinato. O líder e um segundo envolvido foram identificados e capturados no dia seguinte (22). Posteriormente, com o avanço das investigações, um terceiro homem e uma mulher foram identificados e também detidos.