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BLOCO FECHADO

Reabertura do bloco cirúrgico do Maria Amélia Lins sem data definida

Trabalhadores e sindicatos cobraram a retomada das cirurgias no hospital. Diretor afirmou que bloco do HMAL passa por reforma e coloca reabertura para março

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A reunião de negociação na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, que juntou trabalhadores do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) e sindicatos da categoria, terminou com o pedido à direção do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência para que a data da reabertura do bloco de cirurgia da unidade hospitalar seja divulgada previamente aos servidores.


Segundo Fabrício Giarola, diretor geral do Complexo Hospitalar de Urgência da Rede Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), a previsão é de que o bloco seja reaberto em março. 


Na reunião, Fabrício disse que o bloco passa por reforma na rede elétrica para comportar novos equipamentos e que a previsão da obra é de 60 dias. Mesmo assim, ele não definiu uma data certa para a volta do funcionamento do bloco cirúrgico. 


Os procedimentos na unidade foram interrompidos, por tempo indeterminado, no início de janeiro. O governo de Minas Gerais interditou temporariamente o bloco para manutenção de equipamentos. A medida foi necessária devido à dificuldade na aquisição de uma peça essencial do arco cirúrgico.


Neuza Freitas, representante Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde), afirmou que saiu frustrada da reunião pela falta de data efetiva de reabertura do bloco cirúrgico do HMAL.


Com o fechamento do bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins, cerca de 200 cirurgias mensais foram redirecionadas para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. De acordo com Girola, o João XXIII conseguiu absorver bem a demanda do HMAL, sem comprometer o sistema de saúde.


Porém, servidores e representantes de trabalhadores dos dois hospitais afirmaram que houve o aumento do desgaste dos funcionários e que não há equilíbrio na quantidade de trabalhadores com o aumento da cirurgia. Na reunião, ainda foi reforçado que é preciso fixar uma data para a reabertura do bloco do HMAL para mitigar o desgaste dos servidores.


Carlos Augusto Martins, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da rede Fhemig (SINDPROS), afirmou que o Hospital João XXIII não consegue comportar todas as cirurgias e que a situação está impactando nos procedimentos de urgência do pronto-socorro. Ele ainda apontou para a falta de profissionais no bloco.

Prejuízos

Luciana Silva, que integra a Secretaria de Formação do SindSaúde-MG, afirma que a interdição é parte de uma intenção maior do governo de fechar o hospital completamente. Ela explica sua denúncia pela pausa nos atendimentos dos procedimentos eletivos, que, conforme Silva, não acontecem desde março de 2024. 

A representante da entidade ainda destaca o impacto direto nos pacientes uma vez que alguns chegam a viajar mais de 300 quilômetros para ser atendido no hospital. "O governo fez a transferência dos pacientes para as cirurgias eletivas no bloco cirúrgico do Hospital João XXIII, mas os trabalhadores estão denunciando que as cirurgias estão sendo canceladas porque o bloco do João não está suportando a demanda", aponta Luciana.

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informou que o Hospital João XXIII, com oito salas em seu bloco cirúrgico, tem plena capacidade para atender casos de urgência, assim como os pacientes com cirurgias eletivas vindos do HMAL, e afirmou que os usuários serão atendidos normalmente, sem prejuízo algum.

Ainda segundo a Fundação, durante um procedimento no HMAL, foram danificados o intensificador de imagens e outros equipamentos essenciais para a realização de cirurgias. Por isso, o bloco foi fechado para revisão.

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"Ressaltamos que o Hospital Maria Amélia Lins realiza somente cirurgias de baixa complexidade, classificadas como eletivas; ou seja, são programadas de acordo com a avaliação clínica do paciente e a capacidade operacional das unidades hospitalares. Em média, são realizadas cerca de 200 cirurgias por mês no HMAL. São procedimentos com curto tempo de internação, entre 24 horas e 48 horas, que estão sendo feitos no João XXIII. Após a cirurgia, o paciente retorna para o HMAL para sua recuperação até o momento da alta. Somente nos últimos dois anos, foram investidos R$ 31 milhões no Complexo Hospitalar de Urgência, do qual os dois hospitais fazem parte, com amplo investimento em equipamentos de ponta para o João XXIII, referência em politraumas, queimaduras e intoxicações", finaliza a Fundação.

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