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Estado de Minas

Nave que levava mantimentos para estação está perdida no espaço

Equipamento se descontrola e deve cair na Terra daqui a alguns dias, mas, segundo especialistas, há poucas chances de provocar acidentes


postado em 05/05/2015 06:00 / atualizado em 05/05/2015 11:10

Equipamento se descontrola e deve cair na Terra daqui a alguns dias, mas, segundo especialistas, há poucas chances de provocar acidentes

Cerca de duas toneladas e meia de equipamentos, água e comida estão perdidos no espaço. A Agência Espacial Federal Russa (Roskosmos) admitiu que a nave de carga Progress, que deveria entregar mantimentos na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), está fora de controle e não chegará ao destino planejado. Os especialistas russos estimam que o cargueiro possa ficar até duas semanas em órbita antes de se despedaçar ao reentrar na atmosfera terrestre.

Há uma semana, pouco depois do lançamento da nave, a partir do cosmódromo de Baikonur (Cazaquistão), os operadores registraram problemas de transmissão e decidiram mudar o plano de voo. O problema se tornou evidente quando as antenas do veículo não responderam como esperado, e a unidade de propulsão necessária para o encaixe na ISS não haviam pressurizado. “Ela começou a descer. É claro que as reações são absolutamente incontroláveis”, descreveu um funcionário da Roskosmos à agência de notícias France-Presse. 

Como o equipamento não é tripulado e tudo que transporta pode ser substituído sem dificuldades, a maior preocupação agora é com o que acontecerá quando a nave espacial — que alcançou 257km de altura e viaja a 25 mil quilômetros por hora — voltar à Terra. O receio é que, ao se desintegrar, a Progress solte fragmentos grandes o suficiente para causar estragos, dependendo de onde cair. Porém, o perigo para as pessoas é pequeno, lembram especialistas. Afinal, mais de dois terços da superfície da Terra são cobertos por água e apenas 3% da área de terra é densamente povoada.

“(A trajetória de descida) indica que os elementos estruturais da nave não atingirão a superfície da Terra”, afirmou Vladimir Solovyev, diretor de voos da seção russa da ISS. Já Thomas Reiter, que tem cargo semelhante na Agência Espacial Europeia, demonstrou um receio maior: “Isso depende do movimento do veículo, e os tanques de combustível podem ou não explodir e levar a uma maior fragmentação”. Um comunicado divulgado pelo Centro Comum de Operações Espaciais nos EUA afirma que a nave pode comprometer alguns satélites. Os equipamentos podem precisar manobrar para não colidir com o objeto.

Uma das naves Progress se aproxima da Estação Espacial Internacional em 2012: de três a quatro voos desse tipo são realizados por ano(foto: Nasa/Divulgação)
Uma das naves Progress se aproxima da Estação Espacial Internacional em 2012: de três a quatro voos desse tipo são realizados por ano (foto: Nasa/Divulgação)
Tentativa Os controladores de voo russos tentavam restabelecer a conexão com a nave de carga, mas havia pouca esperança de sucesso. O prejuízo foi calculado em 2,5 milhões de rublos, algo perto de R$ 150 milhões de reais.

A Progress mede 7m e transporta 2,5t de material científico, alimentos, água, combustível e outros suprimentos. A perda da carga não ameaça os seis astronautas a bordo da ISS. “Os segmentos russo e americano da estação continuam funcionando e têm reservas suficientes para muito depois de junho, quando chegará a próxima carga”, anunciou a agência espacial americana, Nasa, em referência à cápsula Dragon, da companhia privada americana SpaceX.

Além do material, a Progress também transporta uma réplica da bandeira soviética que o Exército Vermelho hasteou em Berlim em 1945. Ela seria utilizada pela equipe russa no espaço para celebrar o 9 de maio, data que marca a vitória aliada contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial.

A cada ano, três ou quatro naves Progress viajam até a ISS para transportar material. Depois da missão, caem e se desintegram na atmosfera, sobre o Oceano Pacífico. A ESA, no ano passado, aposentou a nave de carga ATV, que, com 20t, era muito mais pesada do que a russa. 

Gelo sobre Plutão?


Cientistas da Nasa afirmaram ter encontrado evidências de que Plutão tem uma calota de gelo polar. A afirmação é baseada em imagens feitas pela sonda New Horizons, que ruma em direção ao planeta-anão para estudá-lo (na foto, concepção artística da Nasa mostrando o polo norte de Plutão). Os pesquisadores combinaram 13 imagens tiradas ao longo de seis dias em abril com material do instrumento de reconhecimento de imagens de longo alcance, LORRI. Com isso, perceberam áreas claras e escuras na superfície do corpo celeste. “Esse brilho na região polar de Plutão pode ser causado por uma calota de neve altamente reflexiva na superfície”, afirmou um comunicado da agência espacial americana. “A ‘neve’, nesse caso, é provavelmente gelo de nitrogênio molecular congelado. As observações da New Horizons em julho (quando a nave entrará na órbita do planeta-anão) vão definitivamente determinar se a hipótese está correta ou não”, prosseguiu o texto.


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