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Estado de Minas

Pequenas e grandes empresas fazem recrutamento on-line


postado em 10/04/2014 09:51 / atualizado em 10/04/2014 10:08

Hermes Pardini recorre a redes sociais e sites de vagas para selecionar funcionários(foto: Pedro Vanucchi/Divulgação )
Hermes Pardini recorre a redes sociais e sites de vagas para selecionar funcionários (foto: Pedro Vanucchi/Divulgação )
Engana-se quem acha que as seleções virtuais são restritas a empresas com base tecnológica ou grandes corporações. Tanto pequenas companhias quanto as mais tradicionais, têm se convertido à praticidade do método. Em 2013, no Hermes Pardini, empresa especializada em medicina diagnóstica preventiva, 82% das 952 vagas foram preenchidas pela web. É o que conta Rúbia Marina Scarponi Spindola, de 39, gerente corporativa de desenvolvimento humano e organizacional do Hermes Pardini. Desde 2007, a empresa inseriu um link de “trabalhe conosco” no site e, há quatro anos, o Facebook e o LinkedIn também servem como meios para captar novos funcionários.


Anteriormente, as buscas por empregados no LinkedIn eram feitas de forma manual. Atualmente, o Hermes Pardini tem um contrato com a rede social e suas vagas ganham destaque. No Facebook, a página da empresa tem uma seção dedicada às vagas, fora as atualizações de posts. Sites diversos de recrutamento, como o Vagas (vagas.com.br), Catho (catho.com.br), Empregos (empregos.com.br) e o Portal Hunter (portalhunter.com.br) também são utilizados.

Uma equipe de sete pessoas “garimpa” a web à procura de candidatos. O primeiro filtro é sempre via redes sociais. É conferido se a formação é compatível, a experiência profissional e o currículo. “Seja o mais verdadeiro possível. Há muitos currículos que citam experiências e, quando você aperta a pessoa, vê que ela não foi sincera”, conta. Rúbia recomenda que os profissionais das gerações mais antigas invistam um pouco mais de tempo na hora do cadastro, já que muitas vezes eles têm mais habilidades do que informam.

Segundo Leonardo de Oliveira Neves, de 36, diretor de tecnologia da Associação Brasileira de Recursos Humanos – MG, é tendência fazer o recrutamento em portais de vagas e depois buscar informações sobre os candidatos nas redes sociais. “O recrutador não está tentando pesquisar só informações históricas ou qualitativas, mas da personalidade e caráter da pessoa. Numa rede é possível descobrir o comportamento dentro do grupo, se ela se envolve de forma colaborativa ou se entra em discussões polêmicas. O caráter ético e posicionamentos discriminatórios também podem ser percebidos”, explica. Para ele, a informação social, que antes era difícil de se obter (salvo quando havia contatos em comum), é acessível pela internet.

Leonardo diz que o primeiro passo para se fazer um bom marketing pessoal na web é entender que as mídias sociais são amplificadoras – tanto para o bem quanto para o mal. Elas podem disseminar a sua competência, mas também seus aspectos negativos. “Evite guerras de opiniões longas. Se houve réplica, é possível denunciar, bloquear ou até remover seu post para evitar que seu nome fique associado a esse debate”, aconselha.

Outra dica é sempre contribuir antes de pedir. Pessoas que solicitam compartilhamento e cliques, sem disponibilizar seu conhecimento anteriormente, tendem a ser ignoradas pela comunidade. “É muito comum, em grupos de discussão temática, usuários que entram apenas para fazer autopromoção. Você será mal visto”, avisa. O diretor lembra que, na internet, existe ainda o igualitarismo anárquico: a opinião de um adolescente pode valer o mesmo tanto que a de um profissional com 30 anos de experiência. “Trata-se basicamente da contribuição que se leva para aquele meio”, diz.

O diretor acredita que as redes sociais são uma forma poderosa de os profissionais se autodivulgarem para obter trabalho. Ter fan page no Facebook, blog ou site pessoal são estratégias de promoção individual semelhantes às das empresas. “Muitos profissionais usam o marketing de conteúdo para se tornarem referência em sua área. Isso atrai a atenção de clientes e até de recrutadores”. Mas, para o diretor, a verdadeira autopromoção não se baseia apenas nessa presença on-line – ela está de fato nas relações humanas. “O importante é interagir, resolver dúvidas, criar consistência nas relações, seja para vender seu produto ou ser contratado. As empresas querem pessoas com expertise. Apenas criar uma conta no Twitter não diz nada”, afirma.

 


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