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Estado de Minas

Do lançamento à obsolescência em 10 anos


postado em 09/01/2014 00:12 / atualizado em 09/01/2014 10:49

B.Piropo

A televisão de alta definição (HDTV) surgiu nos EUA lá pelos idos do final do século passado. A excelente qualidade da imagem fê-la se disseminar rapidamente. Os preços caíram (por lá, é claro; há pouco mais de um mês um aparelho de 32” de marca conceituadíssima era anunciado por pouco mais de US$ 200). O formato, com suas 1.080 linhas de pixels (pontos luminosos que formam uma tela), tornou-se um padrão de fato e fez as TVs de baixa definição desaparecerem.

O problema é que quem tem TV geralmente gosta de nela assistir a filmes gravados. Há muitos e muitos anos, na era do byte lascado, filmes eram gravados em fita cassete. Os reprodutores de víideocassete eram peça obrigatória junto às TVs e proporcionavam horas de entretenimento a seus proprietários quando suas partes internas “comiam” a fita, desenrolando-a e obrigando que fosse recolhida de volta manualmente (aqueles lápis sextavados eram ótimas ferramentas para ajudar, mas ainda assim era comum encontrar no lixo fitas parcialmente desenroladas porque seu ex-proprietário achou que o que lá estava gravado não compensava o trabalho).

Depois vieram os DVDs, cujo nome original foi “Digital Víideo Disk”, concebidos para gravação de filmes, que cabiam certinho em seus 4,7GB de capacidade. Acabou-se o problema da fita enrolada e, ao que parecia, todos seriam felizes para sempre. Até que veio a HDTV com seus filmes, que, embora tivessem a mesma duração, exigiam muito mais espaço em disco devido ao maior número de pixels em cada tela. O mínimo admissível para comportar um filme em alta definição era uma capacidade de armazenamento de 25GB, mais de cinco vezes a de um DVD.

Foram lançados então simultaneamente dois padrões de discos de alta capacidade: o HDDVD por um grupo de fabricantes encabeçado pela Toshiba, e o Blu-Ray, liderado pela Sony. O que deflagrou uma “guerra de padrões” semelhante à ocorrida nos tempos de antanho quando as fitas de vídeo foram lançadas e dois padrões, VHS e Betamax, disputaram o mercado.

Ora, quem tem dois padrões não tem padrão. E, de fato, no tempo das fitas de vídeo, o VHS dominou o mercado e o Betamax desapareceu. Algo semelhante ocorreu com os discos de alta definição: lançados no início da década passada, os dois formatos disputaram renhidamente o mercado, até que o Blu-Ray ganhou a frente e conquistou tantos usuários que acabou se tornando o padrão de fato. O que fez com que, em 2009, a Toshiba jogasse toalha e anunciasse o fim do formato HDDVD. A partir de então o Blu-Ray passou a reinar soberano no mercado.

Não é o caso de entrar em detalhes técnicos, mas somente à guisa de informação básica: o Blu-Ray, que tem exatamente as mesmas dimensões de um DVD de 4,7GB (tanto que estes DVDs podem ser reproduzidos em um acionador de discos Blu-Ray, embora o inverso não seja possível), consegue espremer 25GB na mesma área reduzindo a distância entre passagens sucessivas da espiral onde os dados estão gravados e usando um raio laser de cor azul, cujo menor comprimento de onda permite aproximar os pontos na trilha. Sua capacidade pode chegar até 50GB usando duas camadas de gravação e a 128 GB usando quatro camadas (duas em cada face, tirando proveito da possibilidade de focalizar o laser azul em cada camada).

Então é isso. O Blu-Ray venceu a guerra e doravante pode considerar seu futuro garantido. Ou não. Na verdade, o mais provável é que não. Faça uma busca no Google com a frase “o Blu-Ray vai acabar” e veja a quantidade de artigos de especialistas prevendo um futuro sombrio ou, pior, futuro algum para o Blu-Ray. Seja porque empresas que fornecem TV “on demand”, como a Netflix (você pode se associar a ela no Brasil), oferecem uma enorme variedade de filmes a um preço extremamente módico, seja porque a definição das TVs está aumentando cada vez mais, o que em breve tornará mesmo a maior capacidade do Blu-Ray insuficiente. A evolução tecnológica está ficando vertiginosa. Do lançamento à obsolescência em 10 anos?

Está começando a ficar difícil de acompanhar...



PERGUNTE AO PIROPO...
Usando três monitores

Comprei uma placa-mãe que suporta a utilização de três monitores LG LED IPS de 23" 23EA53, em modo estendido com o vídeo integrado. Adquiri também um processador com Intel HD Graphics. Montei a estação de trabalho mas surgiu um problema. O PC detecta os três monitores mas eu consigo usar apenas dois por vez, seja clonado ou estendido. Posso usar 1-2, 2-3 ou 1-3 mas, quando tento estender para o terceiro monitor, dá erro. A placa-mãe tem três vídeos out: 1x DisplayPort, 1x Mini DisplayPort e 1x HDMI.

Jeandré Lucas Dalexandre e Silva – Belo Horizonte/MG

Quando montei minha estação de trabalho com três monitores enfrentei o mesmo problema. Uma das saídas (no meu caso, a HDMI, mas talvez isso varie de placa a placa) não aceitava o funcionamento simultâneo com as outras duas. Resolvi instalando uma segunda placa de vídeo e nela conectando o terceiro monitor, sem utilizar a saída HDMI de qualquer uma delas. Se seu sistema aceitar a instalação de uma placa de vídeo sem desabilitar o vídeo da placa-mãe, talvez isso resolva o problema. E se não aceitar, caso seu sistema tenha dois slots PCI e disponíveis e você esteja disposto a renunciar ao vídeo de sua placa-mãe, pode desabilitá-lo e instalar duas placas de vídeo. Eu sei que nenhuma dessas soluções é inteiramente satisfatória, mas é o que posso lhe sugerir. Porém lhe asseguro: se você conseguir montar sua estação de trabalho com três monitores, seja lá com que configuração for, não vai se arrepender.


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