Justiça de Minas proíbe o lançamento do aplicativo Tubby

Decisão liminar da 15ª Vara Criminal de Belo Horizonte concedida na noite desta quarta determinou que o polêmico aplicativo Tubby tenha os acessos bloqueados sob pena de multa diária de R$ 10 mil. O pedido foi feito por vários grupos que defendem os direitos das mulheres: a Frente de Mulheres das Brigadas Populares de Minas Gerais, o Coletivo Margarida Alves, o Movimento Graal no Brasil, a Marcha Mundial de Mulheres, o Movimento Mulheres em luta, a Marcha das Vadias e o Coletivo Mineiro Popular Anarquista (Compa). A decisão do juiz de direito Rinaldo Kennedy Silva, que impede a disponibilidade do app para download, deve ser publicada no jornal Minas Gerais de segunda-feira, dia 09 de dezembro. Segundo o Fórum Lafayette,  a partir desta data os criadores do serviço poderão recorrer.

O Tubby, que na manhã desta quinta ainda exibe uma contagem regressiva para o lançamento em seu site, é um aplicativo criado para avaliação das mulheres de acordo com seu desempenho sexual. O pedido teve como fundamento a Lei Maria da Penha e objetiva proteger os direitos das mulheres. Para o grupo de autores da ação, o app submete as mulheres a ''uma forma de violência psicológica capaz de ser divulgada e potencializada em segundos''.

O polêmico serviço adiou seu lançamento em dois dias ontem e teve os botões de descadastro e cadastro removidos por causa de uma sobrecarga nos servidores, segundo informação do administrador da página do app no Facebook. O aplicativo promete ser a versão masculina do Lulu, que foi criado para que as mulheres avaliem e construam rankings sobre os homens.

Proteção

Uma alternativa para se proteger da invasão de privacidade dos aplicativos que se usam a base de dados do Facebook é mudar as configurações. Na seção 'Aplicativos usados por outras pessoas' do Face você pode desmarcar as categorias de informações que podem ser usadas por aplicativos, jogos e sites.