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Estado de Minas

O 'Face' está ficando velho


postado em 14/11/2013 00:12 / atualizado em 14/11/2013 12:42

B.Piropo

Lembra do Orkut? Foi a primeira rede social a fazer sucesso no Brasil. E que sucesso! Todo mundo estava no Orkut. De repente começou a migração para o Facebook. E o Orkut esvaziou-se. Agora, todo mundo está no Facebook. E isso começou a se tornar um problema.

Explico: no começo, rede social era coisa de garoto. E, pensando bem, de certa forma ainda é. E o Facebook acabou se tornando o principal canal de comunicação que todo jovem tinha que usar simplesmente porque todo mundo usava. O que o fez crescer.

Ainda há pouco, pesquisando o número de usuários da rede para não citar dados desatualizados, eu mesmo me surpreendi: o total de usuários do Facebook passa de bilhão, mais da metade dos quais acessa sua conta diariamente. Cada um tem em média 130 “amigos”, 30% deles vivem nos EUA e os demais se distribuem por todo o planeta (o Brasil é o terceiro da lista). E continua crescendo.

Do ponto de vista dos jovens, o problema consiste em saber quem são os novos usuários que sustentam esse crescimento. E, para seu (deles) horror, esse novo contingente é formado por “gente mais velha”, ou seja, seus pais, mães, tios e avôs (enquanto o crescimento médio anual do número de usuários chega a 25% ao ano, o crescimento do número de usuários na faixa de idade entre 45 e 54 anos em 2012 cresceu 46%).

Gente que posta comentários mais sérios sobre “coisas de velho”, fotos de bebês e seus animais de estimação, citações de assuntos que pouco ou nada significam para adolescentes e, horror dos horrores, acompanha e por vezes até “enriquece” as postagens de seus filhos, sobrinhos e netos com comentários que os matam de vergonha. Resultado: para essa turma de jovens, o Facebook tornou-se um território hostil.

E, pouco a pouco, começaram a fugir do velho Face. Segundo o artigo “Teenagers say goodbye to Facebook and hello to messenger apps”, de Parmy Olson publicado no Observer domingo passado, o próprio Facebook revelou, em seu último relatório de lucros, que houve “um decréscimo no número de usuários que acessam diariamente, especificamente entre os adolescentes”.

Ora, se fogem do Facebook, para algum lugar estão indo. Para onde?

Bem, ainda segundo Olson, essa migração está fluindo no sentido dos aplicativos de trocas de mensagens via dispositivos móveis. Repare: em quase todo lugar público há algumas pessoas absorvidas pelo que aparece na tela de seus telefones celulares. A maioria delas tem menos de 25 anos e batuca incessantemente com os dedos na tela, espera um pouco e volta a batucar.

Estão trocando mensagens. E dificilmente estarão usando o serviço (pago) oferecido por suas prestadoras de serviço telefônico (que não param de estrilar: em 2012 perderam a bagatela de US$ 23 bilhões de receita só em SMS). Usam aplicativos gratuitos como o WhatsApp (o mais popular deles) ou WeChat, Kakao Talk e Line, em que o tráfego se dá via internet.

Parte da migração se deu devido à “invasão de velhos” no Facebook. Porém, migrar para um serviço a que seus pais não tenham acesso a suas postagens pode ser a principal, mas não a única razão. Comunicar-se com pessoas reais, conhecidas (para se conectar com alguém via WhatsApp é preciso saber seu número de telefone), gente de verdade, não vultos virtuais escondidos por codinomes, como no Face, também pesa. Muitos jovens declaram que preferem esses aplicativos porque “são mais pessoais” e não querem que “todo mundo saiba” o que estão fazendo – há coisas que eles pretendem compartilhar com um número seleto e reduzido de amigos e não querem que, por exemplo, seu patrão tome conhecimento.

Além disso, os aplicativos de trocas de mensagens não se limitam a texto: podem-se enviar vídeo, fotos ou músicas. E alguns oferecem jogos e quejandas. E preservam mais a privacidade.

Em resumo: embora os mais velhos também usem aplicativos de trocas de mensagens, nada indica que deixarão o velho “Face”, que os jovens estão abandonando. Quem sabe um dia o Facebook se torne uma rede de gente madura, livre do imenso contingente de adolescentes.Nesse dia, o número de postagens que consistem apenas de “KKKKK” cairá substancialmente.


PERGUNTE AO PIROPO
Tablets com Windows 8.1

Gostaria de saber como funcionam (vantagens e desvantagens) os tablets com Windows 8, se já há algum com Windows 8.1 e quais os modelos disponíveis no mercado brasileiro.

Antonio Máximo – Belo Horizonte

A meu ver, a maior vantagem de usar um tablet com Windows 8 é o fato de ele rodar o pacote de aplicativos Office da MS, com Word, Excel e Power Point, os mais utilizados em seu nicho de mercado, que já vêm instalados. A desvantagem é o número ainda reduzido de aplicativos para dispositivos móveis na Windows Store. Há outras, tanto vantagens quanto desvantagens, mas uma análise detalhada não cabe aqui (embora sejam facilmente encontradas diversas delas na internet; basta pesquisar no Google). Sim, já há no mercado brasileiro tablets com Windows 8.1 nas versões 8.1, 8.1 Pro e RT 8.1. Também não dá para detalhar as diferenças, mas na página do site da MS https://windows.microsoft.com/pt-br/windows-8/tablets e em alguns de seus atalhos (links) há informações de sobra tanto sobre os modelos disponíveis quanto sobre as diferenças entre versões e disponibilidade de aplicativos, além de uma longa seção de respostas de perguntas mais frequentes (FAQ) apenas sobre tablets com Windows 8/8.1. Faça uma comparação de preços nos sites de venda.


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