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Estado de Minas SIMPLESMENTE JOGUE!

Livro lista os 1.001 videogames para jogar antes de morrer

Livro é poderosa forma de entender a evolução de uma das principais formas de entretenimento da humanidade


postado em 24/10/2013 09:13 / atualizado em 24/10/2013 09:13


Ter a capacidade de se inserir nos limites mais fantásticos da imaginação. Não é à toa que a indústria dos games seja das mais lucrativas no ramo do entretenimento. Poucos meios têm o recurso de transformar qualquer pessoa em um grande craque do futebol mundial, num piloto espacial que é a última esperança da Terra contra eminente invasão alienígena, ou, quem sabe, num encanador ítalo-americano de macacão vermelho e bigode que luta com seu irmão contra criaturas que surgem nos esgotos de Nova York.

Ler 1001 videogames para jogar antes de morrer talvez seja a melhor forma de entender como a evolução dos jogos eletrônicos justifica o espaço cada vez maior que eles têm em nosso cotidiano, superando preconceitos e se reinventando a cada dia, tanto em suporte tecnológico quanto no conceito da experiência de jogar. Esta compilação é, aliás, uma das mais completas já feitas sobre a história dos games.

Mais recente investida da série 1001 coisas para fazer antes de morrer, o livro é dividido em cinco capítulos, cada um contemplando uma década (dos anos 1970 até os 2010). Os jogos são apresentados em ordem cronológica, facilitando a visualização da evolução da indústria nestes quase 50 anos de existência. O organizador Tony Mott, ex-editor da revista inglesa Edge, uma das mais importantes do segmento no mundo, coordenou equipe de 36 colaboradores, entre eles jornalistas e críticos especializados, colecionadores e programadores, para a elaboração da lista.

Para quem é ligado em games e tem mais de 30 anos, o livro é uma saudosa viagem ao passado. Vai encontrar vários jogos de que nunca ouviu falar, terá vontade de jogar novamente os que marcaram a infância e adolescência, e, também, sentirá falta de algum em especial. Os brasileiros mais ligados aos jogos poderão sentir a ausência de clássicos que fizeram muito sucesso por aqui, como Pitfall (1982) e Elifoot 98 (1998), ou da nova mania no país, Candy Crush Saga (2012).

Para os mais novos, é um ótimo guia para entender como os jogos de hoje chegaram aonde estão, e ver ainda a grande influência que os games antigos, dos anos 1970 e 1980, têm nos mais modernos. Dos clássicos de poucos bits Space invaders (1979) e Asteroids (1979), que marcaram o início da era dos fliperamas, aos supercomplexos jogos de vários gigabytes de hoje, como Red dead redemption (2010), os videogames são fundamentais para entender a cultura pop e estão cada vez mais presentes em nossas vidas.

Dedicação

Uma lista como esta que o livro propõe, porém, levanta uma importante pergunta: é possível jogar os 1.001 jogos? E essa questão não esbarra somente na disponibilidade que alguém possa ter para completar a tarefa. Pesquisa, uma boa quantidade de dinheiro e bastante tempo serão necessários para quem decidir encarar o desafio.

Apesar da variedade de plataformas, os jogos mais modernos são encontrados facilmente, tanto os de consoles, como PS3 e o Xbox 360, quanto os de smartphones e internet. Já os antigos são um pouco mais complicados de achar.

O maior problema, talvez, esteja no fator que é vital para a sobrevivência da indústria dos games: a evolução tecnológica. Os sistemas mais modernos, dos computadores caseiros, por exemplo, não rodam jogos mais antigos. O motoqueiro Ben, líder da gangue Polecats, que divertiu uma geração em Full throttle (1995), nos anos 1990, não consegue, sem algum tipo de suporte, viver suas aventuras no Windows 8. Para isso existem os emuladores, que recriam condições de sistemas operacionais mais antigos nos mais modernos. Esses softwares nos permitem, por exemplo, jogar games de consoles como o Atari no computador.

 
Além dos emuladores, alguns games estão disponíveis na internet, rodando no próprio navegador, pela plataforma Flash. Outra opção é comprar as máquinas de fliperama, os consoles mais antigos e os cartuchos, CDs e disquetes e ter a experiência mais verdadeira possível.

PROGRAMAS DUPLICADORES
Emuladores são softwares que duplicam ambientes específicos para a execução de determinados programas, permitindo, por exemplo, que sistemas operacionais modernos rodem aplicativos antigos ou incompatíveis com a tecnologia disponível. Com o desenvolvimento dos computadores caseiros, os emuladores foram ganhando popularidade, principalmente entre os apaixonados por jogos. Os primeiros emuladores para videogames surgiram no início dos anos 1990, possibilitando aos saudosistas jogarem os clássicos jogos da Atari. Hoje, é possível se divertir com emuladores de vários consoles do passado como o Master System, Mega Drive ou PS1. O primeiro passo é pesquisar na internet sobre os emuladores. Em seguida, baixar um programa que contemple o console desejado. Depois é só fazer o download dos ROMs (os “cartuchos”) dos jogos e matar a saudade!

 

TRÊS PERGUNTAS PARA...
Tony Mott
jornalista e editor do livro 1001 videogames para jogar antes de morrer
Você chegou a alguma conclusão ao alcançar a lista final?
A principal conclusão, de verdade, é que o mundo dos videogames é bem abrangente, e mudou consideravelmente nesse espaço de 40 anos. Os jogos eram basicamente sobre espaçonaves atirando em extraterrestres invasores, mas, hoje, existem jogos com os mais variados temas. Anteriormente, o público dos jogos eletrônicos eram crianças e homens jovens. Hoje eles atingem homens e mulheres de todas as idades.

O que é mais atrativo nos videogames?
O que mais me fascina, e não posso falar por todo mundo, é a habilidade de transportar a pessoa para outro lugar. Meus jogos preferidos são os que têm mundos virtuais complexos para serem explorados, como The Legend of Zelda: Ocarina (1998) e Half-Life 2 (2004), que estão cheios de coisas para ver e fazer. Você pode ir para outro lugar ao ler um bom livro ou ver um bom filme. O mesmo se aplica a um bom videogame, só que num grau ainda maior.

Como você acha que os jogos afetam nossas vidas atualmente?
O mundo dos videogames de hoje é completamente diferente de como era há 20 anos. Ainda temos vários títulos RPG ou de tiro em primeira pessoa estrelados por soldados espaciais, mas, fora do clichê, existe uma galáxia de possibilidades de experiências ao se jogar, com temas que envolvem quase tudo que se possa pensar. Com isso, mais e mais pessoas são seduzidas a jogar. Os smartphones também tiveram um grande impacto no mundo dos games. Agora, carregamos no bolso poderosos consoles o tempo todo. Parece que os jogos estão cada vez mais integrados em nossas vidas, ao contrário de serem hobbies completamente separados das outras esferas do nosso cotidiano.

 

 


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