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Estado de Minas

Entenda como funciona o NFC


postado em 30/05/2013 09:30 / atualizado em 30/05/2013 10:10

Shirley Pacelli

 

Diante do estímulo ao m-payment, uma tecnologia virou o centro das atenções: o Near Field Communication (NFC), algo como Comunicação de Campo Próximo, que nasceu do Radio-Frequency IDentification (RFID). Segundo Victor Nassar, 25 anos, design doutorando com pesquisa em NFC, a tecnologia foi desenvolvido pela Sony e Philips em 2002, mas só ganhou impulso em 2004, quando caiu nas graças de empresas como Samsung, Visa, Microsoft e Nokia. O sistema, segundo ele, é simples: com a aproximação de dois aparelhos, é possível trocar informações de maneira segura.

Nassar explica que há dois modos de funcionamento: o passivo (um dispositivo emite o sinal e outro apenas recebe a informação, como no caso de um smartphone que lê os dados de uma etiqueta com NFC) e o ativo (os dois podem emitir e receber dados). Segundo ele, embora pareça limitação, a curta distância na verdade é o grande diferencial, pois permite uma transmissão segura e estável, evitando, por exemplo, que aconteça o acesso a dados de desconhecidos, como pode ocorrer em redes Wi-fi ou Bluetooth. “O irônico é que muitas pessoas já utilizam o NFC e não sabem: quando aproximam o cartão de ônibus nos terminais ou em hotéis, quando abrem as portas eletrônicas dos quartos com a chave cartão”, diz.

Há várias aplicações para a tecnologia. Além do setor de pagamentos móveis, Nassar lembra que a Nintendo lançou um game do Pokémon para o Wii U, em que um personagem pode ser incorporado ao jogo aproximando-o do console. Há ainda os chamados smart posters, cartazes que têm adesivo com NFC e são lidos por smartphones. “Foi feita até uma biblioteca pública virtual na Áustria dessa maneira. Nos smart posters espalhados pelo local, a pessoa tinha acesso ao acervo de livros, podendo baixá-los na hora”, lembra.

Luiz Filipe Menezes Vieira, professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais, esclarece que, para  utilizar a tecnologia, não é preciso ter um celular, basta ter dois dispositivos com etiquetas NFC. Ele acredita que a tecnologia deve se popularizar no Brasil porque dá flexibilidade ao usuário. “Futuramente, as pessoas poderão comprar bilhetes de ônibus e metrô por meio do NFC. Há inúmeras possibilidades”, opina. Para isso, ele acredita que é preciso antes habituar a população à novidade, o que deve acontecer à medida que perceber sa praticidade e os preços dos equipamentos com o recurso se reduzirem. Atualmente, os aparelhos custam, em média, R$ 2 mil . Ele lembra que, quando o Bluetooth surgiu, muita gente ficou desconfiada, mas que o uso comercial popularizou a tecnologia.

 

 


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