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Estado de Minas MODERNOS, MAS LIMITADOS

Com menos funções, os feature phones são as vedetes nos países emergentes

De olho no mercado, a Nokia apresentou o Asha 501, que nem 3G oferece


postado em 30/05/2013 00:12 / atualizado em 30/05/2013 10:46

Thiago Neres
De Nova Délhi


 

Um dos trabalhos mais recentes do instituto de pesquisas Nielsen mostra quais são os hábitos de consumo dos telefones móveis no mundo. O estudo foi realizado com usuários de 10 países, incluindo o Brasil, e mostra que o celular ainda é uma novidade por aqui. Apesar de os smartphones ficarem com 36% desse mercado, os feature phones lideram com 44% do segmento. Esse comportamento já dá sinais de que o segtor passa por uma transição. Segundo o IDC, o primeiro semestre fechou com 216 milhões de smartphones vendidos no planeta, o que representa 51,6% do total de celulares do período. Pela primeira vez, a categoria superou os feature phones. Para os analistas, uma das principais razões é a aposta de muitas companhias em smartphones de baixo custo, a exemplo do Motorola Me, do Samsung Galaxy Y e do Sony Xperia E.

Na semana passada, foi a vez de a Nokia fazer mais um lançamento que acompanha essa tendência. Desde outubro de 2011, a empresa vem apostando na linha Asha, com uma série de 15 aparelhos que fazem contrapeso aos poderosos Lumia, topo de linha da marca. A novidade, apresentada no Taj Palace Hotel, em Nova Délhi, na Índia, foi o Asha 501, que deve chegar às prateleiras em junho por cerca de R$ 200. No Brasil, a previsão é que o gadget estará à venda a partir do terceiro trimestre.

O executivo da Nokia Stephen Elop disse na apresentação que as expectativas da companhia são grandes. “Não estamos lançando apenas um Asha, e sim uma nova geração, com design elegante inspirado nos smartphones topo de linha. Ele vai surpreender e promover a inclusão digital”, afirma. O presidente da Nokia Brasil, Almir Narcizo, observou que a receptividade ao aparelho foi boa. “Estamos felizes com a repercussão do público brasileiro, que vai receber a versão Dual SIM”, disse.

ACESSÍVEL

À primeira vista, o aparelho é bonitinho, com um design simples e que lembra a família Lumia. Pequeno e leve, mede 99,2mm x 58mm x 12,1mm e pesa 98 gramas. Quase uma caixinha de sabonete, só que mais interessante, pois tem Wi-fi e 2G. Isso mesmo. O gadget não oferece 3G. Stephen Elop garante que novas versões com suporte a esse tipo de conexão estão a caminho e que o 2G corresponde a 80% do mercado. Segundo Almir Narcizo, a Nokia está começando com um modelo muito acessível para atingir o maior número de pessoas.

A tela QVGA, de três polegadas com resolução de 320 x 240 pixels, ocupa quase toda a parte frontal, deixando um espaço para um único botão. Uma nova plataforma Asha foi desenvolvida para o 501 e deve embarcar nos futuros modelos dessa linha. Como a navegação do sistema é baseada no movimento de arrastar a tela, a qualidade do touchscreen faz diferença. De fato, não é como um iPad. Às vezes, ele não sente bem o toque, mas não travou durante o teste.

O navegador do Asha 501 é outro ponto interessante. Ele consegue compactar os dados dos sites em até 90%. Assim, páginas de grandes portais abriram rápido. A câmera tira fotos com 3.2MP e grava vídeos nos formato MP4, ASF, AVI e 3GP. Não tem flash. De modo geral, o aparelho é bastante humilde e pelo preço sugerido (US$ 99) sai muito em conta para o público a que visa.

O BÁSICO
Os feature phones são aparelhos intermediários, que muitas vezes têm tela sensível ao toque e acessam redes sociais (geralmente com aplicativos criados em Java), mas com sistemas fechados e limitados. Normalmente, são ofertados como modelos de entrada e fazem sucesso nos países emergentes, onde a economia favorece um momento de ascensão social e melhor poder aquisitivo.



*O jornalista viajou a convite da Nokia


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