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Estado de Minas

Jovens cientistas brilham nos EUA

Secundaristas brasileiros conquistam nove prêmios em uma das principais feiras de ciências do mundo


postado em 18/05/2013 10:12

Equipe do Brasil na Feira Internacional Intel 2013 (foto: (Luis Eduardo Selbach/Divulgação))
Equipe do Brasil na Feira Internacional Intel 2013 (foto: (Luis Eduardo Selbach/Divulgação))

Phoenix, Arizona (EUA) — Nove prêmios, incluindo uma bolsa de estudos em uma universidade dos Estados Unidos no valor de US$ 48 mil (cerca de R$ 100 mil) e reconhecimento de dois projetos que podem ser patenteados. Esse foi o saldo brasileiro ao fim de cinco dias na Feira Internacional de Ciência e Engenharia Intel 2013, encerrada ontem em Phoenix (Arizona, EUA). A feira é a maior do mundo no segmento pré-universitário e elege, há 63 anos, os melhores projetos científicos desenvolvidos por estudantes de nível médio.

Esta edição teve a participação de 1,7 mil estudantes de mais de 70 países, que disputaram bolsas de estudo e prêmios que somavam US$ 4 milhões, oferecidos por instituições de ensino, associações internacionais e grandes empresas como a Google e a West Virginia University. O grande vencedor deste ano foi o romeno Ionut Bundisteanu, que criou um projeto viável para um carro autônomo controlado por inteligência artificial. O veículo adaptado pode reconhecer faixas de pedestre e sinais de trânsito, desviar de obstáculos, fazer curvas acentuadas e estacionar sem auxílio do motorista.

Para os brasileiros, a competição internacional deu a certeza de que investir em ciência vale a pena. O sul-matogrossense Gabriel Galdino, 17 anos, de Campo Grande, ficou em 3º lugar na categoria projetos de química. Ele pesquisou um componente presente na castanha de caju que pode auxiliar no combate à dengue. “Avaliei 4,5 mil larvas do mosquito da dengue para chegar ao resultado. Enfrentei muitas dificuldades, mas, no fim, deu tudo certo.”

Vocação para ciência
As gaúchas Agatha Lottermann e Desireé de Böer, ambas de 19 anos, levaram aos Estados Unidos um projeto que identificou uma bactéria capaz de reduzir os custos da dessalinização da água do mar. O trabalho rendeu à dupla o 4º lugar na categoria gerenciamento ambiental e o prêmio de US$ 500. “Quando dizemos que somos brasileiras, as pessoas ainda se surpreendem. Acho que pensam que o Brasil não tem muita vocação para a ciência. Esperamos mudar isso”, disse Agatha, animada. A dupla, que concluiu o ensino técnico de química em uma escola estadual de Novo Hamburgo, embarca em junho para Nova York, para participar de mais uma feira de ciências.

Dona de uma bolsa de estudos na Universidade Estadual do Arizona para continuar o projeto que estuda uma célula capaz de reduzir os riscos de rejeição de órgãos transplantados, a paulistana Laura Rudella, 16 anos, também ficou animada com a premiação. “Sempre gostei de estudar biologia. Agora, vou investir na oportunidade.” Túlio Souza, 17 anos, do Recife, vai usar o prêmio que ganhou como estratégia para convencer os pais sobre o curso superior que quer fazer. “Fui reconhecido por criar uma metodologia de ensino para educação física que estimula hábitos saudáveis nas crianças desde muito cedo. Meus pais querem que eu estude para ser advogado, mas prefiro pedagogia ou ciências sociais. Vou ter um bom argumento, agora.”


O repórter viajou a convite da Intel


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