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Estado de Minas

Cartão vermelho para conexão 4G no Mineirão

Representante das operadoras afirma que tempo é curto para concluir implantação de nova conexão banda larga no Mineirão para a Copa das Confederações. Em toda a cidade, instalação de antenas desafia prazo concedido pela Anatel às operadoras


postado em 11/04/2013 08:00 / atualizado em 11/04/2013 08:42

(foto: ARTE: Paulo Miranda e Valf / EM/ DA Press)
(foto: ARTE: Paulo Miranda e Valf / EM/ DA Press)
Último estádio entre os que vão receber a Copa da Confederações a firmar acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTeleBrasil), entidade patronal que representa as operadoras de telefonia móvel, o Mineirão corre sério risco de não contar com a tecnologia 4G quando a competição começar, em junho.

Acordo para a instalação dos equipamentos necessários para o funcionamento das redes 4G foi acertado sexta-feira à noite, mas isso não garante que o sistema possa ser implantado. Após idas e vindas nas negociações entre Minas Arena, que administra o Mineirão, e as operadoras, o prazo para implantação da estrutura necessária agora pode ser insuficiente.

Segundo Eduardo Levy, diretor-executivo do SindiTeleBrasil, o trabalho, que inclui um completo sistema de cabeamento por fibra ótica e uma sala de 200 metros quadrados para instalação dos equipamentos das operadoras, demandaria entre 100 e 120 dias. "Só que a Copa das Confederações começa exatamente daqui a 68 dias, em 15 de junho. Ou seja, se as obras começassem hoje, teríamos praticamente a metade do prazo estimado", explica.

Além da questão do Mineirão, em toda a cidade a instalação de antenas 4G pode atrasar o cronograma das operadoras. Em contrato assinado com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), elas têm até o dia 30 para cobrir com a tecnologia pelo menos metade da área das cidades-sedes da Copa das Confederações.

Como as novas redes permitem a transmissão de dados a velocidades muito maiores do que com a atual 3G, a implantação da tecnologia 4G garantiria a torcedores e jornalistas presentes ao Mineirão facilidade para fazer postagens (de fotos, vídeos e textos), tarefa hoje bastante prejudicada. E mesmo que o torcedor não tenha um equipamento 4G seria beneficiado, pois essa tecnologia suporta também a 3G. Se a nova rede não estiver em operação, os prejuízos técnico (ao usuário) e moral (ao estado) serão enormes.

"Demora para acertar um contrato pode comprometer a implantação do sistema em tempo hábil", diz Eduardo Levy, diretor-executivo do SindiTeleBrasil (foto: SindiTeleBrasil/Divulgacao )


Impasse
O diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTeleBrasil), Eduardo Levy, revela que o alerta vermelho está aceso para algumas cidades-sedes da Copa das Confederações que pretendem contar com a tecnologia 4G em seus estádios. E que a situação mais complicada é em Belo Horizonte porque, além do problema comum envolvendo a instalação de antenasque requerem licenciamento especial das prefeituras, houve um desentendimento com o Minas Arena, administrador do Mineirão, sobre o preço de alocação do espaço de 200 metros quadrados para instalação da estrutura das operadoras. “Devido a isso, um grande atraso pode comprometer essa implantação em tempo hábil”, afirma o diretor. Ele ressalta, no entanto, que é possível tentar compensar o tempo perdido com turnos de trabalho nos fins de semana e durante a noite, mas mesmo assim não garante total conclusão do trabalho.

O imbróglio envolvendo o SindiTeleBrasil e o Minas Arena já poderia ter sido solucionado há tempos, já que as negociações para a instalação da entrutura 4G das operadoras, que é representada na negociação pela Oi, começou no dia 18 de julho de 2012. A partir daí, viveu-se um impasse devido à discordância de valores que deveriam ser pagos pelo aluguel do espaço no estádio.

Para Alexandre Hill-Maestrini, boa vontade da PBH não falta(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Para Alexandre Hill-Maestrini, boa vontade da PBH não falta (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Procurado pelo Informátic@, o Minas Arena informou, por nota divulgada pela assessoria de imprensa, ter enviado, no dia 27 de março de 2013, um ofício à Oi aceitando proposta feita pelas empresas no dia 4 de março de 2013. A nota informa ainda que o “valor que está sendo cobrado é aproximadamente o mesmo que era pago pelas operadoras à Ademg – antiga administradora do estádio –, com as devidas correções monetárias”. Para a instalação das antenas, de acordo com a nota, está sendo disponibilizada uma sala de 200 metros quadrados, escolhida pelas próprias operadoras. “O Minas Arena também está concedendo permissão para instalação de antenas por todo o complexo, além de infraestrutura para cabeamento, o que não ocorria anteriormente”, diz o documento.

Por sua vez, o diretor-executivo do SindiTeleBrasil disse que o Minas Arena estava aceitando uma proposta que já havia sido retirada das negociações pela Oi no dia 21 de março. “Pela proposta, estaríamos pagando ao Minas Arena o dobro do que foi acordado com todos os outros estádios que receberão as copas das Confederações e do Mundo. E isso seria injusto e inadmissível”, reiterou. Procurada pelo Informátic@, o Minas Arena simplesmente informou que não tinha ciência dessa desistência, fato que foi contradito por Eduardo Levy, com cópias do cronograma de negociações entre as operadoras e administradora do Mineirão e do ofício enviado ao Minas Arena, retificando a proposta, e que foi recebida pelo coordenador de marketing João Márcio Coelho, responsável pelas negociações.

Nessa contenda entre SindiTeleBrasil e Minas Arena, ao final venceram as operadoras, que pelo acordo firmado vão pagar, cada uma, R$ 2,5 mil por mês pelo aluguel do espaço, contra os R$ 10 mil iniciais pretendidos pelo Mineirão ou os R$ 5 mil da proposta aceita anteriormente, porém retirada. Perdem, entretando, os usuários, que não têm certeza absoluta de que terão internet 4G no dia 17 de junho, quando o primeiro jogo pela Copa das Confederações ocorrer no novo estádio.

(foto: Maurício Lima/ AFP)
(foto: Maurício Lima/ AFP)


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