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Estado de Minas

Instrumento mais sensível do espaço começa a desvendar misteriosa matéria escura


postado em 03/04/2013 16:10 / atualizado em 03/04/2013 16:44

Imagem da Nasa mostra o poderoso Espectrômetro Magnético Alfa(foto: AFP PHOTO/NASA/HANDOUT/)
Imagem da Nasa mostra o poderoso Espectrômetro Magnético Alfa (foto: AFP PHOTO/NASA/HANDOUT/)

Um enorme instrumento científico que gira em torno da Terra a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) forneceu as primeiras imagens do que pode ser a misteriosa matéria escura do Universo.

Os primeiros resultados do Espectrômetro Magnético Alfa (AMS), o instrumento de física de partículas mais sensível já enviado ao espaço, parecem indicar "evidências de um novo fenômeno físico", indica um comunicado da equipe de pesquisas internacional.

A matéria escura, que representa cerca de 25% do Universo, não foi até o momento detectada diretamente, mas observada indiretamente através de sua interação com a matéria visível.

Dos 25 bilhões de eventos de raios cósmicos que o AMS estudou, "um número sem precedentes, 6,8 bilhões, foi identificado sem ambiguidade como elétrons e sua contraparte de antimatéria, os pósitrons", explica o comunicado de imprensa do CERN, a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear.

"Nos próximos meses, o AMS será capaz de nos dizer conclusivamente se estes pósitrons são um sinal da matéria escura, ou se têm outra origem", afirmou o porta-voz do AMS, Samuel Ting, no comunicado.

Este é o primeiro de muitos relatórios que são esperados do AMS, que foi construído por um consórcio de 16 países.

Os dados publicados na revista Physical Review Letters provêm de 25 bilhões de eventos de raios cósmicos recopilados desde que o AMS chegou à estação orbital a bordo do ônibus espacial Endeavour em 2011.

A Nasa anunciou uma coletiva de imprensa para comentar os resultados.

O AMS estuda raios cósmicos (partículas carregadas de alta energia que permeiam o espaço) antes de interagirem com a atmosfera da Terra.

Os primeiros indícios do excesso de antimatéria no fluxo de raios cósmicos foram observados há duas décadas, mas sua origem continua sendo um mistério.


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