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Estado de Minas

Estudo mapeia morte acidental de tartarugas marinhas para preservar espécie


postado em 01/04/2013 17:22

Tartarugas marinhas costumam ser apanhadas acidentalmente e mortas em atividades pesqueiras, uma situação que um novo estudo, publicado nesta segunda-feira, quer mapear pela primeira vez na tentativa de salvar os quelônios da extinção.

Segundo a pesquisa, publicada no periódico Ecosphere, tartarugas no Pacífico leste, no Atlântico Norte, no sudoeste do Atlântico e no Mediterrâneo são as que sofrem as maiores taxas de mortalidade devido a capturas acidentais.

No entanto, segundo o estudo, não se conhece suficientemente o problema em grande parte do mundo, com "lacunas de dados significativos" no Oceano Índico e nas águas da costa da África e do sudeste asiático, o que ressalta a "necessidade urgente de monitoramento crescente".

"Perdemos centenas de milhares de tartarugas por ano em populações que já estão em risco", afirmou o autor principal do estudo, Bryan Wallace, da Universidade Duke. "Muitas populações de tartarugas marinhas em todo o mundo podem enfrentar a extinção local se não reduzirmos as capturas acidentais", acrescentou.

Os cientistas também descobriram que a pesca próximo à costa representa uma ameaça significativa às tartarugas, rivalizando com a indústria pesqueira de larga escala e em mar aberto.

Segundo a ONG ambientalista Conservação Internacional, as maiores taxas de capturas acidentais no mundo foram encontradas em operações de pesca em pequena escala na costa da Baixa Califórnia, no México. Lá, uma frota de 100 embarcações matou um número de tartarugas cabeçudas ao ano similar ao de todas as outras atividades pesqueiras no Pacífico Norte combinadas.

No ano passado, mais de duas mil tartarugas foram mortas por frotas pequenas, o que representou um aumento de 600% sobre estimativas de mortalidade anteriores, destacou o grupo.

A análise se baseou em mais de 1.800 registros de capturas acidentais feitos em duas décadas e foi realizada por pesquisadores da Conservação Internacional, da Oceanic Society e das Universidade de San Diego, Duke e Stanford.

"Este estudo deve servir como uma diretriz inicial para priorizar o investimento de recursos limitados com vistas a uma gestão sustentável da pesca de forma a minimizar as capturas acidentais", afirmou Wallace.

Um estudo prévio demonstrou que o uso de redes com dispositivos de escape para tartarugas pode reduzir drasticamente as mortes acidentais dos quelônios.

Seis das sete espécies de tartarugas do mundo são consideradas em risco de extinção.


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