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Estado de Minas

Restaurar vale a pena, mas tem dificuldades; saiba onde descartar seu lixo eletrônico

Processo pode se tornar bem complicado se o problema principal for a carcaça


postado em 14/02/2013 00:12 / atualizado em 14/02/2013 09:19

 

A TV Johnson de 1966, restaurada por Alceu Massini, até brilha. Parece que acabou de sair da caixa. Restaurar é uma arte e uma tarefa que se revela tanto mais difícil quanto maior a falta de cuidado ao guardar o objeto. Grande parte deles é deixada em galpões, porões e outros locais infestados por insetos e roedores. “Essas pragas costumam deixar suas marcas com danos irreparáveis à integridade dos aparelhos. Ataque de cupins, por exemplo, deteriora partes da madeira, provocando grandes prejuízos históricos e financeiros. Também os efeitos da urina de ratos e ovos de baratas exigem muito trabalho do eletrônico restaurador”, revela Marcos Antônio Romualdo, diretor da Eletrônica Romualdo, empresa paulista especializada na recuperação de equipamentos antigos.

O resultado de uma restauração eletrônica, segundo ele, é bastante pessoal e depende do tempo dedicado a cada peça ou ao equipamento. “São necessárias certas habilidades no manuseio de ferramentas e produtos químicos, como solventes, tintas e lacas, produtos fundamentais nesse tipo de atividade”, diz ele. Ao avaliar as condições de restauração de um modelo, o que ele primeiro observa é o estado do circuito. “Eletrônicos que passaram por técnicos com pouca capacitação, normalmente, estão com ligações e modificações grotescas no circuito. Nesses casos, é muito importante a utilização do esquema original do equipamento para restaurá-lo e recuperar sua originalidade”, afirma.

O técnico aconselha a quem se interessar por um eletrônico a procurar, num primeiro momento, identificar possíveis defeitos que possam ser reparados, sem ligar o aparelho à rede elétrica. “Verificar as condições de segurança do cabo de tensão, testar as válvulas, verificar o estado dos capacitores eletrolíticos, a continuidade dos transformadores de força e de saída, do alto-falante, entre outros procedimentos, tudo isso é também importante.”

ESTÉTICA Apesar de todo esse cuidado com a parte eletrônica do equipamento, de acordo com Marcos Romualdo, o problema maior numa restauração está na carcaça. “O interior é mais fácil trabalhar, pois ainda é possível encontrar, com certa facilidade, peças e componentes utilizados nesses aparelhos. Mas quando se trata dos estragos ocorridos, por exemplo, na madeira, deixar tudo como era na forma original é bem complicado e mais caro. “Por isso, aconselho sempre a um comprador que observe primeiro a parte estética do eletrônico, pois o resto a gente resolve sem dificuldades”, afirma.

Ele conta que recentemente recebeu para reparos uma radiovitrola Philips de 1955 já bem estragada. A área superior da armação, de madeira, tinha sido usada até mesmo como tábua de passar roupa e tinha várias marcas de queimado. “Para restaurar o tampão ficou em R$ 900, enquanto o conserto da parte eletrônica não passou de R$ 250”, conta. Outro exemplo: uma TV Philco Predicta de 1956, em madeira, que recebeu no ano passado para restaurar. “O trabalho todo ficou em cerca de R$ 700, valor quase todo gasto na estrutura – na parte eletrônica, somente troquei uma válvula queimada e um capacitor.”


Cidadão consciente
No afã de acompanhar os lançamentos, a cada seis meses, muita gente troca seus gadgets. O resultado é que todo ano cerca de 50 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos são jogados fora no mundo. Comprou um Galaxy SIII e não sabe o que fazer com aquele velho e lendário Motorola? Se não quiser entrar na onda das coleções, nada de descartá-lo no lixo comum. Há vários pontos de coleta de material eletrônico em Belo Horizonte. Algumas organizações recuperam os equipamentos e os doam para projetos de inclusão digital. Outras os desmontam para vender os componentes. A Emile, inclusive, oferece a comodidade de buscar o resíduo em sua casa, basta ligar. Confira os pontos de coleta:

ONDE DESCARTAR SEU LIXO ELETRÔNICO
Associação Municipal de Assistência Social (Amas)
» Aceita qualquer material eletrônico.
» Rua Resende Costa, 212, Bairro Bonfim. Aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
» (31) 3277-8069
» amas.org.br

Centro Mineiro de Referência em Resíduos
» Não recebe resíduos, só equipamentos de informática que estejam em condições de recondicionamento. É preciso ligar e marcar com antecedência. Assina-se um termo de doação, se o material for aprovado para a coleta.
» Avenida Belém, nº 40, Bairro Esplanada – Belo Horizonte
» (31) 3465-1204
» www.cmrr.mg.gov.br

Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC)
» Recebe qualquer equipamento eletrônico, mas recupera somente o que é de informática.
» Rua José Clemente Pereira, nº 440, Bairro Ipiranga – Belo Horizonte
» (31) 3277-6259

Empresa Mineira de Lixo Eletroeletrônico (Emile)
» Coleta eletrônicos e eletrodomésticos. É só ligar e agendar que a empresa busca o material na sua casa. Há também pontos de doação espalhados por Belo Horizonte, Nova Lima, Mateus Leme, Matozinhos e Arcos.
» Rua Maria das Mercês Lima, nº 256, Bairro Betim Industrial – Betim
» (31) 3044-5280
» www.emile.net.br

Comitê para Democratização em Resíduos (CDI) Minas
» Aceita equipamentos de informática e periféricos, inclusive que não estejam funcionando, salvo monitores queimados. É preciso entrar em contato antes da doação.
» (31) 3280-3313/ 8403-9956
» www.cdimg.org.br


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