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Estado de Minas

Atualizações: para que servem?


postado em 07/02/2013 07:00 / atualizado em 07/02/2013 10:46

B.Piropo

 

Neste fim de semana montei um computador no qual instalei Windows 7 com SP1 (Service Pack 1). Terminada a instalação, conectei a máquina à internet, abri o Windows Update e comandei “Procurar atualizações”. O sistema foi inspecionado e o Windows Update constatou que, mesmo depois de instalado o SP1, lançado em março de 2010, havia quase 140 atualizações disponíveis, das quais apenas seis opcionais. O que levanta algumas questões.

A primeira delas: o que são, afinal, essas atualizações? Depois: por que um número tão grande delas em um período relativamente curto? E finalmente: seriam elas realmente necessárias?

Bem, como diria o esquartejador de Boston, vamos por partes. Começando por entender o que são atualizações e como elas se classificam. Oficialmente, segundo a MS em seu artigo “Atualizações: perguntas frequentes”, disponível em https://windows.microsoft.com/pt-BR/windows7/Updates-frequently-asked-questions, “atualizações são adições ao software capazes de ajudar a evitar ou corrigir problemas, melhorar o funcionamento do computador ou aprimorar a sua experiência em computação.” O que, sem dúvida, é uma forma elegantíssima de dizer que atualizações são, simplesmente, remendos. Pois um SO poderoso como Windows 7 é uma peça extremamente complexa de software, grande parte dela composta de código aproveitado das versões anteriores ao qual foram adicionadas novas rotinas. E fazer tudo isso funcionar junto sem problemas, por mais que se teste antes de liberar para o mercado, é praticamente impossível. Mesmo porque a maioria dos problemas são identificados pelos usuários à medida que o sistema vai sendo usado. Além das fragilidades descobertas pelos pilantras que criam programas mal-intencionados (malware) para delas se aproveitarem. E tudo isso só aparece depois que o sistema está sendo usado por milhões de usuários.

Essas imperfeições devem ser corrigidas ao longo do tempo. Por isso, a MS, regularmente toda segunda terça-feira de cada mês (apelidada de Patch tuesday, ou terça-feira do remendo), libera o conjunto de correções dos problemas identificados durante o mês e que podem esperar. Mas se for constatado um problema urgente, sua correção é imediatamente liberada.

O que nos leva aos tipos de atualizações. Ainda segundo a MS, no mesmo artigo (cuja leitura recomendo), elas podem ser “importantes” (corrigem falhas relativas à segurança, privacidade e confiabilidade e devem ser obrigatoriamente instaladas); “recomendadas” (corrigem falhas não críticas para facilitar o uso do sistema) e “opcionais” (visando melhorar o desempenho de software ou hardware e que podem ou não ser instaladas a critério do usuário). Além desses tipos, a MS classifica as atualizações como “de segurança”, lançadas para corrigir vulnerabilidades que podem ensejar a instalação de malwares (vírus, cavalos de Troia etc.) e cuja gravidade pode ser baixa, moderada, importante ou crítica, sendo que essa última deve ser instalada assim que liberada. E por último, os pacotes de serviços (SP, ou service packs) mais esparsos, consolidando todas as atualizações liberadas até então.

Bem, para um bom entendedor, os parágrafos acima respondem também a segunda pergunta: por que tantas? Sendo o sistema operacional uma montagem de código altamente complexa, cujas falhas são identificadas com o uso, é preciso muito tempo para identificá-las todas. Por isso, as correções deixaram de ser episódicas e foi instituída a Patch tuesday.

E chegamos afinal à questão mais importante: é realmente importante instalá-las? Não tenha dúvidas de que sim. Isso porque a grande maioria delas visa fechar brechas de segurança – e sem elas seu computador permanece vulnerável – ou corrigir deficiências do sistema – e sem ela sua máquina pode ficar instável ou lenta. Eu tenho por hábito manter em todos os meus computadores a atualização automática ativada e, além disso, toda Patch tuesday costumo verificar se com as atualizações importantes foi liberada alguma opcional.


PERGUNTE AO PIROPO
Relógio que atrasa não adianta

Meu relógio do sistema no Windows 7 insiste em adiantar não somente em horas, mas por vezes em meses. Você pode me ajudar a resolver esse problema?

Alexandre Almeida – Belo Horizonte

Seu problema pode ter causas diversas e a fonte pode se o hardware ou o software. E eu não sei como seu sistema está ajustado para lidar com o horário. A melhor forma é sincronizar com um servidor de horário na internet (Painel de controle >>“Relógio, idioma e região” >> “Data e hora” >> “Definir a hora e a data” para abrir a janela “Data e hora”, passar para a guia “Horário na internet” e verificar se lá consta que o computador está configurado para sincronizar automaticamente. Se não estiver, clicar no botão “Configurações avançadas” para abrir a janela “Configurações de horário na internet” e marcar a caixa “Sincronizar com um servidor de horário na internet” e sair sempre confirmando). Quando isso é feito, a máquina periodicamente verifica a hora do servidor de horário e ajusta o relógio do sistema. Daí para frente, até a próxima sincronização, enquanto a máquina está ligada, o relógio é acionado pelos circuitos internos regulados pela própria frequência de operação da máquina. Se adiantar com o micro ligado, esses circuitos na placa-mãe podem estar com defeito. O problema é como manter o relógio sincronizado quando a máquina está desligada. Para isso, ele dispõe de um circuito interno semelhante aos desses relógios digitais baratos, alimentado pela bateria da placa-mãe. Repare se o relógio adianta apenas quando a máquina está desligada. Se assim for, ou esse pequeno circuito está defeituoso ou a bateria está descarregada. Por vezes, uma troca da bateria (um pequeno objeto circular semelhante a uma moeda) resolve o problema.


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