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Estado de Minas

Astrônomos acompanham formação de um planeta


postado em 02/01/2013 16:55 / atualizado em 02/01/2013 17:58

Os astrônomos observaram pela primeira a alimentação de um planeta que está nascendo a cerca de 450 anos-luz da Terra, um jovem gigante estelar que é nutrido por enormes fluxos de gás.

Graças aos telescópios da ALMA, o maior projeto astronômico terrestre, localizada no deserto de Atacama, no Chile, os pesquisadores foram capazes de observar este momento crucial, uma primeira prova científica que confirma a teoria do nascimento de gigantes de gás.

Os astrônomos do Observatório Europeu Austral (ESO) estudam uma jovem estrela, chamada "HD 142527", que é rodeada por um disco enorme de gás e poeira cósmica, os restos de nuvem da qual se originou.

Este disco está dividido em duas partes distintas, separados por uma grande abertura. O disco interno parte da estrela e se estende a uma distância equivalente à órbita de Saturno ao redor do Sol, enquanto o disco externo começa 14 vezes mais longe.

Segundo os teóricos, os planetas gigantes crescem absorvendo os fluxos externos de gás do disco e formam pontes em todo o espaço vazio no disco.

"Os astrônomos haviam previsto a existência desses fluxos, mas esta é a primeira vez que fomos capazes de observar" diretamente, explica em um comunicado da ESO Simon Casassus (Universidade do Chile), o chefe do estudo.

Usando a rede de antenas submilimétricas da ALMA, que opera em comprimentos de onda insensíveis à luz de "HD 142527", Simon Casassus e sua equipe foram capazes de analisar de perto o gás e poeira cósmica localizado próximo a estrela.

Eles encontraram dois fluxos de gases densos fluindo da unidade externa para a unidade interna.

"Nós acreditamos que há um planeta gigante escondido lá e que ele é a causa desses dois fluxos. Os planetas crescem absorvendo gás do disco externo, mas eles realmente comem como porcos: o resto do gás transborda e alimenta o disco interno em torno da estrela", ressalta Sebastian Perez, que colaborou com o estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica britânica Nature.

Não é possível, contudo, observar diretamente os planetas em formação, pois permanecem enterrados no fundo desses fluxos de gás quase completamente opacos.


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