Doença da mulher moderna, estima-se que a endometriose afete seis milhões de mulheres em idade fértil. Algo entre 10% e 15%. Ela surge quando o sangue menstrual passa pela trompas e vai para a região do abdômen. A menstruação é uma descamação do endométrio (membrana que reveste a cavidade do útero e o prepara mensalmente para uma gravidez), acompanhada da saída de sangue.
Os tratamentos existentes são os análogos do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), damazol, acetato de leuprolida e o dienogeste. Esse último, o mais recente deles, esteve em estudo desde 2002 e animou o ginecologista. “Temos percebido uma variedade de benefícios. O damazol tem muitos efeitos colaterais; proporciona aumento de peso, espinha, mau humor, mas principalmente efeitos que masculinizam a mulher. O análogo do GnRH coloca a mulher em estado de menopausa. Então ela passa a ter todos os sintomas, como ondas de calor, secura vaginal, insônia, a mama diminui de tamanho. E é um tratamento que não pode ser longo, deve ser ministrado no máximo por seis meses, pois a mulher tem perda de massa óssea e até problemas de coração”, detalha Vaintraub.
Hans-Rudolf Tinneberg, presidente da Liga Europeia de Endometriose e da Sociedade Alemã de Ginecologia Endoscópica, falou sobre o uso do dienogeste durante a último Congresso Mundial da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (Figo), em Roma, na Itália. “Em endometriose, é importante pensar no tamanho da lesão, tempo de instalação da doença e nos efeitos causados na qualidade de vida da mulher. Nos estudos realizados com o dienogeste, percebemos importante redução, de 38% para 4%, no sangramento prolongado das mulheres, alívio da dor, melhor função física, funcionamento social e saúde mental”, revela.
Sobre os efeitos colaterais gerados por esse hormônio, ele diz que foram percebidas dores de cabeça e nas mamas, que são típicas das progestinas. “Um dado a se comemorar é que o dienogeste eliminou os vômitos, e mais relevante ainda, não alterou em nada a densidade mineral óssea das mulheres. Efeitos colaterais comuns em pacientes em uso de acetato de leuprolida”, destaca.
Vaintraub explica que o dienogeste também é uma progesterona, mas tem ação anti-inflamatória considerável, diminuindo bastante a dor e os incômodos da endometriose. “Ele não é muito forte, tem uma quantidade de substâncias apenas suficiente para baixar o nível de estradiol e não deixar o endométrio crescer. Com isso, pode ser usado por anos. Outra fator fundamental é o valor. Ele custa um terço do tratamento dos hormônios análogos”, garante. O dienogeste custa por volta de R$ 150 e os análogos até R$ 500.
Em alguma mulheres, entretanto, parte do sangue não sai pelo canal cervical. Na verdade, volta pelas trompas e acaba chegando à cavidade pélvica e abdominal, dando início à doença. Esse processo é conhecido como refluxo tubário ou menstruação retrógrada. Existem ainda teorias que defendem que a mulher nasceria com os focos de endometriose, desenvolvendo-os ao atingir a maturidade. Ou que ela poderia ser desencadeada em cirurgias, caso parte do endométrio vazasse para fora do útero.
Os tratamentos existentes são os análogos do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), damazol, acetato de leuprolida e o dienogeste. Esse último, o mais recente deles, esteve em estudo desde 2002 e animou o ginecologista. “Temos percebido uma variedade de benefícios. O damazol tem muitos efeitos colaterais; proporciona aumento de peso, espinha, mau humor, mas principalmente efeitos que masculinizam a mulher. O análogo do GnRH coloca a mulher em estado de menopausa. Então ela passa a ter todos os sintomas, como ondas de calor, secura vaginal, insônia, a mama diminui de tamanho. E é um tratamento que não pode ser longo, deve ser ministrado no máximo por seis meses, pois a mulher tem perda de massa óssea e até problemas de coração”, detalha Vaintraub.
Hans-Rudolf Tinneberg, presidente da Liga Europeia de Endometriose e da Sociedade Alemã de Ginecologia Endoscópica, falou sobre o uso do dienogeste durante a último Congresso Mundial da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (Figo), em Roma, na Itália. “Em endometriose, é importante pensar no tamanho da lesão, tempo de instalação da doença e nos efeitos causados na qualidade de vida da mulher. Nos estudos realizados com o dienogeste, percebemos importante redução, de 38% para 4%, no sangramento prolongado das mulheres, alívio da dor, melhor função física, funcionamento social e saúde mental”, revela.
Sobre os efeitos colaterais gerados por esse hormônio, ele diz que foram percebidas dores de cabeça e nas mamas, que são típicas das progestinas. “Um dado a se comemorar é que o dienogeste eliminou os vômitos, e mais relevante ainda, não alterou em nada a densidade mineral óssea das mulheres. Efeitos colaterais comuns em pacientes em uso de acetato de leuprolida”, destaca.
Vaintraub explica que o dienogeste também é uma progesterona, mas tem ação anti-inflamatória considerável, diminuindo bastante a dor e os incômodos da endometriose. “Ele não é muito forte, tem uma quantidade de substâncias apenas suficiente para baixar o nível de estradiol e não deixar o endométrio crescer. Com isso, pode ser usado por anos. Outra fator fundamental é o valor. Ele custa um terço do tratamento dos hormônios análogos”, garante. O dienogeste custa por volta de R$ 150 e os análogos até R$ 500.