Os corredores podem acompanhar sua evolução por meio de um sistema de pontuação chamado Fuel. O aparelho, que é uma pulseira presa ao punho, tem um acelerômetro que mede a quantidade de movimentos da pessoa ao longo do dia. Essa movimentação é convertida em pontos e o atleta tem uma meta diária, estabelecida por ele mesmo ou por um profissional de educação física.
Todas as informações da pulseira podem ser acompanhadas pelo usuário no PC ou no celular. Para transferir conteúdo para os dispositivos móveis, é preciso baixar o aplicativo Nike Fuel Band e sincronizar por meio do bluetooth. No computador, o usuário tem que plugar o dispositivo na entrada USB e ele passa os dados para o software.
Depois que todos os dados são transferidos, é possível ver gráficos com a intensidade da atividade física e a quantidade de pontuação obtida. Também dá para acompanhar as calorias (os dados não são precisos, na verdade trata-se de uma estimativa do software) gastas e os passos dados durante o dia de exercício.
As informações são importantes para quem gosta de acompanhar os resultados das atividades físicas. Com ele, o usuário é capaz de ver se está evoluindo, quanto tempo leva para bater a meta e se a corrida (ou qualquer outro esporte praticado) está condizente com as metas preestabelecidas. Os dados também podem ser compartilhados nas redes sociais, que, além do exibicionismo, podem ajudar profissionais da educação física a acompanharem o treino dos alunos a distância.
O design do aparelho também é bacana. Fino, ele parece uma pulseira e para economizar bateria fica o tempo todo apagado. Para “acender”, é necessário apertar um botão. Quando os dados aparecem no painel de led, uma barra com o total da meta atingido é mostrado em uma gradação de cores que vai do vermelho (pouca atividade) até o verde (muita atividade).
O uso dos LEDs faz com que a bateria do dispositivo tenha uma durabilidade boa. Com o uso diário e intenso, ela funcionou três semanas sem precisar de recarga.
Falhas Apesar de todas as vantagens, o Nike Fuel Band apresenta algumas falhas. O aparelho não é um frequencímetro; em outras palavras, ele não informa os batimentos cardíacos durante a atividade. Já que fica preso ao pulso, essa não seria uma tarefa tão complicada e a informação é de extrema importância para quem pratica atividades físicas assistido por um profissional.
Outro ponto desagradável do aparelho é que, por conta do acelerômetro, ele só funciona plenamente quando o esporte envolve corrida. Explico: caso o usuário vá andar de bicicleta, skate ou faça musculação, o dispositivo não detecta pontuações e a meta não é atingida. Ao mesmo tempo, é possível trapacear. Basta ficar agitando o braço o tempo todo que o movimento é contabilizado como exercício.
A instalação, por sua vez, é o ponto mais fraco do Nike Fuel Band. O processo não é intuitivo e o usuário demora a perceber o que é preciso fazer para botar o aparelho para funcionar. É necessário conectar o aparato no computador, esperar carregar e, só depois disso tudo, baixar um software no site da marca. Após todo esse processo, ainda é preciso criar um perfil na internet. Tudo isso leva mais ou menos uma hora para terminar.
O aparelho até agora só é vendido nos Estados Unidos, sem previsão para chegar ao Brasil. Mas os interessados podem comprar o Nike Fuel Band pela internet, no site oficial da marca esportiva. O produto tem três tamanhos (pequeno, médio e grande) e todos vêm com um extensor para quem não se encaixar em nenhum.