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Estado de Minas

BH ganha plataforma de financiamento colaborativo na área cultural

Seguindo forte tendência no Brasil, surge em Belo Horizonte a primeira plataforma de financiamento colaborativo, o Variável 5, com objetivo de viabilizar projetos culturais


postado em 20/09/2012 10:14 / atualizado em 20/09/2012 11:31

O cantor Pélico poderá fazer show em Belo Horizonte se a primeira campanha do site tiver sucesso(foto: Theo Craveiro/Divulgação)
O cantor Pélico poderá fazer show em Belo Horizonte se a primeira campanha do site tiver sucesso (foto: Theo Craveiro/Divulgação)

Todos por um, no melhor estilo mosqueteiro de ser. O lema é levado a sério quando se trata de crowdfunding, que significa financiamento pela multidão. Indivíduos unem suas contribuições para apoiar um time, uma festa de casamento ou até mesmo a realização de um show, como faz o Variável 5. O site, lançado esta semana, é a primeira plataforma de crowdfunding de Belo Horizonte, voltada exclusivamente para a viabilização de projetos culturais. Para inaugurar a temporada das campanhas, está em promoção a vinda de três jovens artistas, Phillip Long, Pélico e Leo Cavalcanti, para a capital mineira.

A plataforma é similar ao Queremos (queremos.com.br), site de financiamento coletivo, criado em 2011, que, por meio dos fãs, contrata shows de bandas internacionais que o público carioca quer assistir. Ana Alyce Ly, coordenadora do Variável 5, ressalva que o projeto foi criado a partir de várias plataformas de crowdfunding. “Pegamos um pouquinho de cada. O Queremos só financia shows. A nossa proposta contempla festivais de cinema, exposições de fotografia, lançamentos de documentários”, explica.

Segundo a coordenadora, a cena cultural independente de Belo Horizonte está em plena efervescência e requer mobilização para viabilizar os projetos. “Na década de 1990 havia de cinco a seis grupos de teatro na cidade. Hoje existem mais de 20”, detalha. Outro ponto é que a cidade sempre fica fora da rota dos grandes shows.

Para ganhar a confiança do mineiro, que tem fama de desconfiado, Ana Alyce explica que o Variável 5 abriu a campanha de shows com cotas acessíveis, de R$ 35. “Utilizamos o sistema Pay-pal, a mais segura plataforma de pagamento on-line do mundo, e não armazenamos dados bancários”, complementa. Ela explica que apesar de ser um movimento recente, o Brasil já é o quinto em número de plataformas de crowdfunding no mundo. Cerca de 70% das propostas são projetos culturais.

Antes do lançamento do site, a equipe fez uma pesquisa sobre a que o público mineiro gostaria de assistir em casa. “Mapeamos onde teria maior carência: mainstream ou cena independente? Levamos em conta a vontade e a viabilidade”, esclarece a coordenadora. No site há campos de destaques para as pessoas sugerirem as próximas propostas.

 

Joao Santos, Jussara Vieira, Ana Alyce Ly e Beatriz Radicchi: grupo aposta colaboração para viabilizar shows, festivais, exposições e documentários(foto: Variavel 5/Divulgação)
Joao Santos, Jussara Vieira, Ana Alyce Ly e Beatriz Radicchi: grupo aposta colaboração para viabilizar shows, festivais, exposições e documentários (foto: Variavel 5/Divulgação)

A razão do nome
O Variável 5 é formado por quatro sócios e produtores culturais: Ana Alyce Ly, Beatriz Radicchi, João Santos e Jussara Vieira. O quinto elemento seria o público, a peça mais importante da plataforma. Sem ele, nenhum projeto poderá ser viabilizado. variavel5.com.br

 

Como funciona
1 – Público sugere espetáculos a serem realizados na capital mineira.

2 – Após estudar a viabilidade das propostas, a equipe levanta o custo necessário para a realização do evento.

3 –  O valor é dividido entre os fãs financiadores, que comprarão cotas reembolsáveis, por meio da plataforma. As cotas tem prazo determinado para serem vendidas.

4  – Caso o financiamento não atinja a venda de 100% das cotas, o show não será realizado e os participantes da mobilização recebem o dinheiro de volta.

5 – Mas, se a meta for alcançada, o show é confirmado. Quem adquiriu a cota tem direito ao ingresso. Além disso, ingressos comum passam a ser vendidos. Esse dinheiro permite que os fãs financiadores sejam reembolsados integral ou parcialmente. 


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