(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

Aposta nas continuações

Lógica mostrada na E3 é focar na fidelidade dos fãs de séries famosas. Porém, novos títulos se destacaram pela inovação


postado em 14/06/2012 11:41

Watch dogs roubou a cena dos lançamentos com gráficos impressionantes e alta interação com o cenário(foto: David McNew/Reuters)
Watch dogs roubou a cena dos lançamentos com gráficos impressionantes e alta interação com o cenário (foto: David McNew/Reuters)
Em time que está ganhando não se mexe. Ou mais vale um pássaro na mão do que dois voando. Essas duas premissas nortearam grande parte dos anúncios de games na Electronic Enternainment Expo (E3) 2012, maior feira da área. Longe de arriscar apresentando novas séries, com outros protagonistas e enredos, as empresas apostaram no sucesso certo em prosseguir com suas franquias bilionárias, com milhares de fãs e mercado consolidado no mundo todo.

Um caso é o exclusivo da Sony God of war: ascension. O quarto jogo do branquelo enfurecido Kratos remonta à sua trajetória antes do primeiro título e mostra o guerreiro galgando sua fama na guerra. Na demo mostrada na E3, os gráficos impressionam, mas a novidade fica só na introdução de uma habilidade inédita, capaz de recriar cenários destruídos. A pancadaria sanguinária e sem intervalo continua.

A Microsoft veio desta vez com Halo 4, somente para as plataformas da empresa. Master Chief, protagonista da série, encontra inimigos novos em outro planeta. Pelas primeiras imagens, a visão do jogador acontece por trás do capacete de Master Chief, ideia retirada de outros nomes como Metroid Prime e Bioshock. Depois de Myth e Marathon, a Bungie joga todas as suas fichas no seu shooter (jogo de tiro) em primeira pessoa. Call of duty: black ops 2, Medal of honor: warfighter, Metro: last light, Crysis 3 e Far cry 3 marcaram no prolongamento de uma gama de FPS (tiro em primeira pessoa) de peso.

Com relação aos shooters em terceira pessoa, o sucesso ficou por conta de apresentar personagens queridos em novas situações. Isaac Clarke, em Dead Space 3, Lara Croft, em Tomb Raider, Leon Kennedy, em Resident Evil 6, e Baird e Cole, em Gears of war: judgement, voltam para explicar mistérios e resolver suas vidas. A série de zumbis da Capcom finalmente retorna com mortos-vivos clássicos e o cenário cheio de carros pegando fogo e prédios quebrados. Depois das demonstrações de gamepleplay desses jogos na E3, a conclusão que se tira é que Cliff Bleszinski, criador de Gears of war, continua fazendo escola, já que todos apresentam a mesma lógica inaugurada pelo game, de se esconder e atirar.

Desenvolvido somente para o PS3, The last of us tem na cumplicidade dos protagonistas o ponto forte do jogo(foto: David McNew/Reuters)
Desenvolvido somente para o PS3, The last of us tem na cumplicidade dos protagonistas o ponto forte do jogo (foto: David McNew/Reuters)
Pelos aplausos, gritos, euforia e comentários de exaltação em torno dessas continuações, parece que os nomes fortes e personagens queridos pelo público continuarão pautando o caminho das desenvolvedoras e publicadoras durante algum tempo.

Algo de novo
No meio de tantos rostos famosos e paisagens já conhecidas, novos atores em outros enredos aparecem tímidos, mas causando certo alvoroço. Quem roubou a cena foi Watch Dogs, da Ubisoft, que trata das consequências de uma sociedade totalmente dependente da rede. Os gráficos impressionaram, e a capacidade de interação com o cenário e personagens aumenta a realidade da imersão do jogador. Hackear celulares alheios, para ouvir conversas particulares, e atrapalhar o funcionamento de semáforos, são atividades que podem ser usadas como estratégia para completar missões.

Somente para PS3, The last of us, da Naughty Dog, é uma nova franquia com enredo pós-apocalíptico e bons gráficos. O companheirismo de sobrevivência entre Joel e Ellie, os protagonistas, é o ponto forte da história. O carisma dos dois causa empatia quase instantânea por eles. Tem tudo para ser aquele jogo que vai ser legal até assistir a um amigo jogar, por causa do grande apelo cinematográfico já usado em outra série da compania, Uncharted.

God War Ascensium, continuação da saga de Kratos mostra a origem do guerreiro e mantém a forte pancadaria(foto: David McNew/Reuters )
God War Ascensium, continuação da saga de Kratos mostra a origem do guerreiro e mantém a forte pancadaria (foto: David McNew/Reuters )
Para os fãs de Star Wars, conhecer o underground do universo de George Lucas era o que faltava na série. Star Wars 1313 tira os Jedis e os Sith da jogada e leva a ficção para o 1313º nível da capital do Império, Coruscant. O ambiente cheio de criminosos e obscuro coloca um mercenário no papel principal, que tem que se virar com suas habilidades humanas. Apesar de levar um nome muito conhecido, a introdução de uma realidade à parte das grandes guerras estelares acrescenta muito à série.

O Japão não fica de fora das novidades e tem em Ni nu kuni: wrath of the white witch um exemplo do potencial dos estúdios nipônicos. Quem se apaixonou por A viagem de Chihiro e O castelo animado vai ter um bom motivo para jogar o exclusivo para PS3. O mesmo estúdio que fez as duas animações participa de Ni nu kuni, dando um aspecto especial para o jogo, com traços leves e de anime. (Com Raphael Pires)

WII U
Única empresa a apresentar um console na feira, a Nintendo colocou suas fichas no sucessor do Wii. Com o conceito de multi-telas e uma rede social para jogadores nas mãos, Shigeru Miyamoto, o nome por trás de Mario, Zelda e Donkey kong, testou a tecnologia com os bichinhos de Pikmin 3. Pecou apenas em anunciar suporte para games que já existem nas concorrentes, como Mass Effect 3 e Ninja Gaiden 3. O controle-tablet do Wii U é o grande diferencial da nova plataforma, que, desde sua primeira aparição na E3 do ano passado, é fonte de discussão sobre possibilidades e receios de uma tela touch-screen no meio de botões analógicos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)