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Estado de Minas MEDICINA REGENERATIVA

Nanoestruturas eliminam lesões na espinha


postado em 27/04/2012 06:37

Samuel Stupp coordena a equipe que criou uma das estruturas usadas (foto: (American Chemical Society/Divulgação))
Samuel Stupp coordena a equipe que criou uma das estruturas usadas (foto: (American Chemical Society/Divulgação))
O sonho de várias pessoas que desejam se recuperar mais rapidamente de lesões graves – como traumas na medula espinhal ou mesmo a destruição de células do coração depois de um infarto – está cada vez mais perto de se tornar realidade. Graças à medicina regenerativa, campo de pesquisa que agrega química, biologia e engenharia para encontrar formas de recuperar órgãos e tecidos danificados, o desenvolvimento de dispositivos que levam remédios e mesmo células-tronco para as estruturas que serão tratadas é algo cada vez mais factível – a estimativa é de que os testes clínicos comecem em até cinco anos. Uma dessas iniciativas foi feita por uma equipe de cientistas da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos. Eles desenvolveram duas nanoestruturas que podem levar proteínas, sinais biológicos e células a áreas que se deseja restaurar. É, portanto, uma forma teoricamente mais eficaz e com menos efeitos adversos do que os tratamentos existentes hoje.

Uma das estruturas feitas pelos pesquisadores, liderados pelo professor Samuel Stupp, do Departamento de Ciência de Materiais, Engenharia e Medicina da instituição norte-americana, consiste em um conjunto de proteínas em forma de macarrão que se unem espontaneamente. “Elas se alinham de modo longitudinal, o que é importante porque controlam a direção da migração das células, do crescimento celular ou de onde as proteínas devem ser ‘entregues’ para uso terapêutico”, diz Stupp, em entrevista ao Estado e Minas. A outra criação do grupo, que consiste em filamentos de gel de peptídeos anfifílicos – os “blocos” de construção das proteínas –, tem propriedades semelhantes à do “macarrão” e pode, inclusive, ser considerada uma evolução do primeiro projeto.

Os idosos são um dos grupos beneficiados com o novo tratamento. Isso porque a população tem envelhecido cada vez mais e morrido principalmente devido a doenças crônicas não transmissíveis, como distúrbios degenerativos, diabetes e câncer. “Outros grupos importantes são jovens que sofreram traumas na medula e pessoas com tumores e problemas cardiovasculares”, ressalta o hematologista Rodrigo de Abreu e Lima. Roni Lara Moya, especialista em medicina regenerativa da clínica Regenera, de Portugal, acrescenta que terapias com materiais desse tipo podem beneficiar ainda mais pacientes. “Há indicações também para quem sofre de artrose, osteoporose, deficiência do sistema imunológico e doenças autoimunes”, enumera. Ela comenta que, futuramente, produtos desse tipo também serão usados no setor estético, para quem deseja retardar o envelhecimento. A equipe de Stupp, por enquanto, visa usar essas nanoestruturas para tratar danos no cérebro e no coração.


Há indicações para quem sofre de artrose, osteoporose, deficiência do sistema imunológico e doenças autoimunes


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