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Estado de Minas

Direto da sala de aula

Tablets que ajudam deficientes na hora das compras, sistema biométrico para controle de comandas em boates e rede social de música são inovações que a Tecnofeira leva ao público


24/11/2011 10:16 - atualizado 24/11/2011 10:21

A PressElizeu testou e aprovou o Easy Market, software criado por alunos do 3º ano do ensino médio do Cotemig, que agiliza as compras dos cadeirantes e idosos
A PressElizeu testou e aprovou o Easy Market, software criado por alunos do 3º ano do ensino médio do Cotemig, que agiliza as compras dos cadeirantes e idosos (foto: Jackson Romanelli/EM/D.)
Na rotina do funcionário público e cadeirante Elizeu Ferreira, de 45 anos, o momento de fazer compras é só um dos que significa empecilhos à sua livre locomoção. E o problema é, aparentemente, simples. “A maior dificuldade para quem, como eu, vai a um supermercado fazer compras é realmente alcançar a prateleira mais alta”, conta Elizeu. Nessas idas e vindas, já teve que ignorar a compra de determinadas marcas ou produtos porque não os alcançava nas gôndolas. Mesmo assim, Elizeu faz questão de acompanhar as compras, com a esposa.

A dificuldade de Elizeu e de outras pessoas com baixa estatura ou de idade mais avançada poderia ser atenuada com ideias, como a de Daniela Freire Marinho, de 17 anos, estudante do 3º ano do ensino médio e técnico do Cotemig. Ela integra um grupo de sete alunos que vão expor a partir desta sexta-feira, na 18ª edição da Tecnofeira, o Easy Market, software que, integrado a um tablet, facilita as compras em supermercados.

O Easy Market possibilita que idosos e deficientes possam frequentar o supermercado com mais comodidade. Daniela explica que ao entrar na loja o cliente que precisar recebe um tablet para marcar os produtos que deseja comprar, enquanto percorre o estabelecimento. Após uma autenticação, as mercadorias são expostas entre categorias e tipos. Ao mesmo tempo, um funcionário recebe as informações e vai efetuando as buscas. Assim, a pessoa tem contato com o produto, mas não precisa carregá-lo. “Não é como comprar de casa, via internet, pois existe a interação com o local e as pessoas. Às vezes o deficiente, por exemplo, se sente excluído. E ele quer sair de casa e conviver normalmente. Mas para isso precisa de uma estrutura pensada para eles”, afirma a estudante.

Elizeu concorda. O cadeirante testou o equipamento em um supermercado no Centro de Belo Horizonte. “Eu acho melhor comprar pessoalmente, olhar o prazo de validade, olhar tudo. Na internet não é assim. O projeto do tablet, então, traz um grande benefício”, afirma. Pensamento semelhante tem a aposentada Aparecida Nogueira, de 73 anos. “Eu não tenho quem faça (compras) para mim. E outras pessoas não teriam a mesma disposição para olhar preço e qualidade. Vir ao supermercado e perceber que há projetos que colaboram com a gente é muito bom”, afirma.

Daniela explica que 20 tablets seriam suficientes para atender a demanda de um supermercado grande. Para Cristiane Lopes, subgerente do Supermercado Decisão Atacadista (que aceitou ceder o espaço para fazer o teste com o software dos alunos), a proposta é válida. “Temos muitos clientes cadeirantes. Há rampas e as meninas do atendimento os ajudam sempre que necessário. Acredito que um projeto como esse é uma valorização ao cliente especial”, afirma. Sobre a possibilidade de aproveitar a idéia dos estudantes, ela prefere não se adiantar. “Ainda precisaria de análise e de aprovação da diretoria para vir a funcionar na prática”.

Easy Market

O que é: software de auxílio a idosos e deficientes físicos que freqüentam supermercados.
Como funciona: os clientes recebem recebem um tablet na entrada da loja. Nele, fazem uma autenticação (nome e CPF) e acessam os produtos do supermercado, divididos entre categorias (padaria, por exemplo) e tipos (pães, bolos, etc), enquanto percorrem o estabelecimento. No fim, o cliente define se quer levar as compras na hora ou se quer receber em casa.

O que vai rolar
Outros 56 projetos – de cerca de 400 alunos do curso técnico de informática do colégio – serão expostos na Tecnofeira, que estará no Minascentro nos dias 25 e 26 (Avenida Augusto de Lima, 785, Centro; telefone: 31/3217-7900). O evento, gratuito, reúne profissionais, empresários, estudantes e educadores da área para troca de experiências e palestras. www.tecnofeira.com.br


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