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Estado de Minas

Redes sem fio ajudam no quebra-cabeça das ruas em Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, empresa que gerencia o trânsito mantém central de monitoramento 24 horas e consegue mudar, dali, sincronia de semáforos, no caso de retenção em algum ponto da cidade


postado em 23/03/2011 09:12

Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), que atua ao lado das universidades federais de Ouro Preto (Ufop), de Minas Gerais (UFMG) e de Alagoas (Ufal). De acordo com o professor da UFSJ e coordenador do subprojeto da pesquisa, Sérgio Oliveira, o foco desta parte do projeto é a coleta de dados para o monitoramento do tráfego de veículos. "O problema é bem simples. Quando se usa um GPS para traçar uma rota, o equipamento considera somente um mapa como fonte de informação, desconsiderando outros fatores, como alagamentos na pista, chuva, congestionamentos e obras. No projeto, buscamos

prover informações para que a tomada de decisões seja imediata. Caso exista um alagamento ou até mesmo tendência a congestionamento, a rede conseguirá identificar e distribuir rotas alternativas ao usuário", explica Oliveira.

Na prática, câmeras que já existem nas vias poderão ser usadas, junto a um conjunto de sensores que estarão dentro do carro. "Tudo isso auxiliaria a inferência de informações sobre fluxo, licenciamento dos veículos e pontos de incidência de assaltos, dentro do conceito maior de aplicação que é a cidade inteligente", acrescenta o professor da Ufal, André Luiz Lins de Aquino.

Na busca por novas soluções urbanas, diferentes tipos de tecnologia estão incluídos. Exemplo disso é a RFID - sistema similar ao aplicado em pedágios automático, no qual a placa de determinado automóvel é identificada ao trafegar por uma via, reunindo informações sobre o fluxo de veículos e quais rotas cada carro está tomando. Já o sistema Vanet é uma rede de comunicação entre os próprios veículos capaz de evitar até mesmo colisões ao compartilhar dados. Na rede metropolitana, que cobre toda a cidade inteligente, todos os veículos estarão interligados. "Isso permite que um gestor de trânsito como a BHTrans, que gerencia o trânsito e o transporte público de Belo Horizonte, a Central de Engenharia de Tráfego (CET), de São Paulo, compartilhe informações entre os veículos", exemplifica o professor da UFSJ.

Transição natural 

Até que os novos sistemas comecem de fato a funcionar, um longo processo de transição tecnológica está por vir. "Isso porque a comunicação sem fio tem limitações, principalmente em termos de velocidade, aquém em relação à fibra ótica", afirma o professor de São João del-Rei, Sérgio Oliveira. Segundo ele, a tendência é que as redes das cidades inteligentes caminhem para uma aplicação mista entre fibra ótica e rede sem fio, sem que a tecnologia de fibra atualmente usada nos principais corredores das cidades seja retirada. "A distribuição do sinal poderia ser feita pela comunicação sem fio, mas ficaria limitada. A fibra ótica é no mínimo 10 vezes mais veloz". Como comparação, Oliveira mede a velocidade das duas tecnologias: enquanto a ótica é capaz de transferir 10 Gigabytes por segundo, a sem fio transmite apenas 1 Gibabyte. "Em alguns municípios do Brasil, até seria possível fazer a comunicação totalmente sem fio, mas numa cidade como Belo Horizonte, na qual o fluxo de comunicação é muito grande, não dá", conclui.

O esforço para substituir, remover e forçar as pessoas a não usarem a fibra ótica, para Lins de Aquino, seria crítica. "Acredito num funcionamento interligado, numa evolução natural e não por imposição", conclui.

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