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Estado de Minas

Temer defende reformas durante discurso na Assembleia Geral da ONU

Presidente disse que a 'responsabilidade fiscal' é fundamental para o avanço de políticas sociais e condenou 'nacionalismo exacerbado' em relação à abertura ao comércio internacional


postado em 19/09/2017 11:00 / atualizado em 19/09/2017 11:28

(foto: Timothy A. Clary/AFP)
(foto: Timothy A. Clary/AFP)

Ao discursar na abertura da 72ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nos Estados Unidos, o presidente Michel Temer (PMDB) defendeu as polêmicas reformas promovidas pelo seu governo – especialmente a trabalhista, já aprovada pelo Congresso Nacional e a previdenciária, ainda em tramitação. Para o peemedebista, sem uma responsabilidade fiscal os avanços sociais não passam de “discurso vazio”.

“Com reformas estruturais, estamos superando uma crise econômica sem precedentes. Estamos resgatando o equilíbrio fiscal. E, com ele, a credibilidade da economia. Voltamos a gerar empregos. Recobramos a capacidade do Estado de levar adiante políticas sociais indispensáveis em um país como o nosso”, afirmou.

O presidente ainda apontou comércio como um importante vetor de desenvolvimento e defendeu a regulamentação de um sistema internacional aberto. “Um sistema que tem por centro a Organização Mundial do Comércio e seu mecanismo de solução de controvérsias”.

Temer rebateu ainda o discurso de “nacionalismo exacerbado” e assinalou que o protecionismo é um entrave como uma saída para as dificuldades econômicas. “Dificuldades que demandam respostas efetivas para as causas profundas da exclusão social”, disse.

Sobre a Conferência Ministerial de Buenos Aires, marcada para dezembro, o presidente afirmou que será um momento de enfrentar pendências que prejudicam especialmente os países em desenvolvimento. “Teremos que avançar no acesso a mercados de bens agrícolas, na eliminação de subsídios à agricultura que distorcem o comércio”, completou.

Ele ressaltou a importância da ONU, dizendo que a instituição representa a “esperança” e um “mundo mais justo”.

“Neste momento da história, de tão marcados traços de incerteza e instabilidade, necessitamos de mais diplomacia e negociação – nunca menos. De mais multilateralismo e diálogo – nunca menos. Certamente necessitamos de mais ONU – e de uma ONU que tenha cada vez mais legitimidade e eficácia”, afirmou o presidente.

Arma nuclear


Poucos dias depois de o governo ter se envolvido em polêmica ambiental, Michel Temer disse ter preocupação com o setor e anunciou que dados deste ano apontam uma redução de 20% no desmatamento.

“O Brasil orgulha-se de ter a maior cobertura de florestas tropicais do planeta. O desmatamento é questão que nos preocupa, especialmente na Amazônia. Nessa questão temos concentrado atenção e recursos”. Segundo o peemebista, o Brasil encontrou o caminho certo e nele continuará.

O governo foi acusado recentemente por organizações não-governamentais e ambientalistas de ceder a interesses comerciais em detrimento do meio ambiente com a publicação do decreto sobre a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) e a liberação da exploração mineral em parte da área.

O presidente Michel Temer disse ainda que nesta quarta-feira (20) assinará o Tratado sobre Proibição de Armas Nucleares, o que considera um momento histórico para o país. “Reiteramos nosso chamado a que as potências nucleares assumam compromissos adicionais de desarmamento”.


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