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Estado de Minas

De olho na Presidência, governador Geraldo Alckmin manda indireta a Doria em BH

Tucano diz que faz viagens 'fora do horário de serviço' e com dinheiro do próprio bolso, em alusão ao prefeito de São Paulo, que tem percorrido o país tentando se consolidar como opção para as eleições de 2018


postado em 19/09/2017 06:00 / atualizado em 19/09/2017 07:34

Governador de São Paulo esteve em BH para participar de palestra com empresários(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Governador de São Paulo esteve em BH para participar de palestra com empresários (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Em evento com cara de campanha, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), se reuniu na noite dessa segunda-feira com empresários em Belo Horizonte para discutir o cenário econômico do Brasil. Apesar de garantir que os tucanos ainda não estão pensando nas eleições do ano que vem, Alckmin alfinetou o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que tem feito muitas viagens pelo país e tenta se consolidar como opção do partido para disputar a Presidência.

“Procuro fazer agendas, que não são oficiais, fora do horário de serviço, de noite ou nos finais de semana. E sempre com passagem e hotel pagos com dinheiro do meu bolso”, afirmou o governador paulista.

O excesso de viagens de Doria, em que ele adota um tom de pré-candidato e se reúne com várias lideranças empresariais do país, incomoda aliados de Alckmin, que já consideram que o prefeito está em franca campanha para conseguir disputar a Palácio do Planalto em 2018. Os dois tucanos buscam minimizar a disputa por espaço, mas intensificaram suas agendas pelo Brasil nos últimos meses.

Durante palestra promovida pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), no bairro Estoril, Alckmin afirmou que o momento é de retomar a esperança dos brasileiros no crescimento econômico e na geração de emprego.

O evento contou com a presença de vários parlamentares tucanos, como o senador Antonio Anastasia e o presidente do PSDB em Minas, deputado Domingo Sávio. O senador Aécio Neves, no entanto, não esteve presente. Segundo membros da legenda, ele teve compromissos em Brasília.

Alckmin afirmou que espera contar com o apoio de Aécio caso seja confirmado como candidato do PSDB ao governo federal e disse que o senador saberá se defender e esclarecer as acusações da quais é investigado na Operação Lava-Jato.

“O momento não é de angariar apoio ainda. Mas já tive apoio de Aécio quando fui candidato (em 2006) e ficarei honrado em ter novamente o apoio, não só dele, como de todos os mineiros”, disse Alckmin.

Enquanto o governador se reuniu com o setor produtivo na capital mineira, Doria cumpriu extensa agenda política em Porto Alegre. Ontem, ele gravou um vídeo em frente ao seu jato particular no qual afirma que não usa recursos públicos em seus deslocamentos.

“Viajo com meu dinheiro no meu avião”, afirmou Doria. Segundo seus auxiliares não se tratava de uma resposta a Alckmin, mas ao Ministério Público, que na semana passada abriu investigação para apurar as viagens feitas durante horário de trabalho.

CLIMA QUENTE


Enquanto Alckmin e Doria tentam evitar que a disputa pela candidatura à Presidência se torne um racha na legenda, entre grupos da juventude tucana o embate se tornou aberto. O grupo Juventude PSDB (J-PSDB) acusa a organização Conexão 45, que é ligada ao prefeito de São Paulo, de atacar Alckmin e outros quadros tucanos nas redes sociais e no WhatsApp.

Em plenária no fim de semana, na Assembleia Legislativa de São Paulo, o grupo recebeu Doria e se queixou ao prefeito. “Estão fazendo calúnias contra o senador José Serra, contra o governador Alckmin e contra o ministro Alexandre Moraes, tudo em nome do senhor”, afirmou Lucas Sorrilo, um dos dirigentes da J-PSDB.

Doria tentou colocar panos quentes na briga e desautorizou qualquer manifestação em relação a Alckmin.


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