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Estado de Minas

Ministro diz que mudanças no setor mineral não têm objetivo arrecadatório

Entre as mudanças nas regras estão as alterações nas alíquotas da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem)


postado em 27/07/2017 18:07

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, negou nesta quinta-feira que a intenção do governo federal com as mudanças propostas para o novo marco da mineração seja arrecadar. Segundo Coelho, o objetivo governamental é “dinamizar” o setor de mineração no Brasil. A declaração foi dada durante almoço do ministro com empresários locais na tarde de hoje em Salvador.

“Não é questão arrecadatória, porque o volume não é grande [do valor arrecadado]. Estimamos aumentar em 80% a arrecadação, mas somente 12% ficam para a União, o restante para estados e municípios. Evidente que tudo que é novo gera desconfiança e a pauta agora vai ao congresso, onde pode ser aprimorado”, destacou Coelho.

Com relação ao aumento nos tributos sobre combustíveis, anunciado na semana passada, entretanto, o ministro classificou a medida como “inevitável”. Para Coelho, apesar de o assunto estar diretamente ligado ao Ministério da Fazenda, órgão que “arbitra sobre o tema”, os impostos foram a saída para driblar a quebra de expectativa sobre a economia brasileira.

Entre as mudanças nas regras do setor mineral, anunciadas terça-feira em solenidade no Palácio do Planalto, estão as alterações nas alíquotas da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) de vários produtos minerais, como o ferro, diamante, nióbio e ouro, além da criação da Agência Nacional de Mineração. A proposta do governo tem como objetivo, de acordo com o ministro, a melhoria da participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) e o crescimento da produção mineral brasileira.

“Nós pegamos o nosso marco da mineração, que é de 1967, atualizamos em 22 pontos, e um deles aproxima a mineração do Brasil ao que já é realizado em outras partes do mundo: quando se pega o conceito da reserva da lavra, para que aquilo sirva como ativo e, com isso, se [possa] levantar capital para financiamento, inclusive para pesquisa. E a nossa expectativa é que isso possa dinamizar a atividade mineral do Brasil”, comentou Coelho.
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Empresários baianos


No encontro desta quinta-feira, em Salvador, o ministro almoçou com líderes empresariais baianos, em uma churrascaria da capital. Durante a refeição, Coelho fez uma palestra com o tema Os Desafios do Setor Energético no Brasil, quando destacou a importância de manter os investidores de olho no país.

“Nesse momento de dificuldade, o maior desafio é manter o otimismo nos investidores, sejam nacionais ou estrangeiros, para continuarem apostando e investindo no país. Precisamos gerar mais empregos para ajudar o país a virar, de uma vez por todas, esta página. A gente tem feito uma série de medidas que vão no sentido de dar maior segurança jurídica e tranquilidade regulatória, para que os investimentos privados, no momento de crise, cheguem com mais força”, pontuou.

Aumento no combustível


Na defesa do aumento de impostos sobre combustíveis, o ministro disse que o governo atuou no limite de sua autonomia, e a queda na arrecadação não deixou alternativa. “Estou falando de uma área que não é minha, mas o governo tinha uma expectativa de receita baseada no crescimento da economia. E por tudo que vem acontecendo no país, isso não ocorreu. E, para fazer jus aos compromissos assumidos, essa é uma forma que o governo encontrou. Apesar de não ser a minha pasta, a minha opinião é que foi inevitável [o aumento dos impostos]”, disse Fernando Celho.

Outro assunto abordado pelo Ministro de Minas e Energia foi em relação às quatro usinas hidrelétricas mineiras, cujo leilão a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) tenta impedir judicialmente, por meio de questionamento ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para Coelho, o governo está aberto a negociações com a empresa mineira.

“Essa semana o STF negou o pedido de liminar da Cemig. Nós estamos abertos para o entendimento com a Cemig, mas não podemos abrir mão do direito da União de receber o bônus de assinatura. E se não chegarmos a um acordo até a data do leilão, prevista para setembro, as usinas vão a leilão, mas a porta para o diálogo nunca esteve fechada”, finalizou.

 Com Agência Brasil


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