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Estado de Minas

Vereadores de Santa Bárbara, em MG, são presos por corrupção

A operação da Polícia Civil investiga fraude em licitação e outras irregularidades cometidas no Legislativo municipal


postado em 27/07/2017 09:48 / atualizado em 27/07/2017 13:43

Mais de 20 viaturas e 90 policiais participam da operação(foto: Thales Benício / Itabira Net)
Mais de 20 viaturas e 90 policiais participam da operação (foto: Thales Benício / Itabira Net)

O presidente da Câmara Municipal de Santa Bárbara, na Região Central de Minas Gerais, Juarez Camilo Carlos foi preso nesta quinta-feira em uma operação da Polícia Civil que apura fraude e desvio de verbas no Legislativo da cidade. lém dele, nove dos 11 vereadores da Casa são investigados.

A polícia apura crimes de corrupção, fraude em licitação e falsificação de documentos. Cinco parlamentares foram alvo de condução coercitiva.

De acordo com a polícia de Santa Bárbara, além de Juarez, foram presos o ex-presidente da Câmara José Ladislau Ramos (DEM) e os vereadores Luiz Fernando Hosken Fonseca (PSL), Ermelindo Francisco Ferreira (PSL) e Geraldo Magela Ferreira (DEM). Contra este último, conhecido como “Carrapicho”, o mandado era de condução coercitiva, mas ele foi preso em flagrante por ter uma arma de fogo em casa.

Segundo o delegado Domiciano Monteiro, os crimes investigados incluem dispensa ilegal e fraude em licitação, interferência nas investigações, formação de organização criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos, peculato, corrupção passiva e prevaricação. O atual e o ex-presidente da Câmara são acusados de comprar milhares de reais em licitação. “A polícia acredita que o esquema passou de uma gestão para outra. Ficou bem claro que, apesar de serem grupos rivais politicamente, havia um esquema de corrupção contínuo na Câmara, independente da troca de comando”, disse.

A Operação Entre Serras é fruto de uma investigação que há um ano apura desvios que teriam sido cometidos por parlamentares, empresários e políticos da região. Participam da operação 90 policiais do Departamento de Polícia Civil em Ipatinga.

Diárias falsas


De acordo com o delegado, além de fraude, foram descumpridas regras básicas na Câmara. Um dos contratos investigados é entre a atual administração e o cinema da cidade. Há indícios de que valores acima de R$ 100 mil do contrato de locação do imóvel, que é da Câmara, eram repassados de volta para o grupo político. A operação também apura o pagamento indevido de diárias de viagens.

Segundo o delegado, os vereadores protocolavam documentos e recebiam valores referentes a viagens que não realizavam. “Vários vereadores já são réus em ação penal em virtude do recebimento indevido em 2013 e 2014 e, neste ano, o esquema continuou sendo praticado”, diz. Na ação, consta que um dos parlamentares recebeu mais de R$ 100 mil em um ano.

Na ação, foram apreendidos documentos, celulares e computadores. Foram presas 10 pessoas, 9 em virtude mandado preventiva, e um em flagrante. Além dos vereadores foram presos o ex- procurador da Câmara Frederico Magalhães, foi candidato a prefeito na última eleição pelo PTC, os ex-chefes de gabinete Maria Aparecida Ferreira da Silva e Silva “Cida” e Wilson da Silva Mota e o empresário Madson Geraldo Arcanjo.

Os vereadores Geraldo Magela Silva “Gegê da Ambulância” (PP), Timóteo de Lourdes Ferreira (PPS), Wellington Flávio Resende do Carmo (PP), Carlos Augusto Bicalho (PDT) e Luciano Pires da Silva Luiz (PHS) foram alvo de conduções coercitivas.  Também conduzidos Guilherme Antônio de Assis (assessor de comunicação), Rosilene Aparecida Duarte Fernandes (servidora de RH), Ângela Maria Pereira (presidente da Comissão de Licitações) e Philipe Souza e Silva (chefe do Controle Interno).

 


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