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Estado de Minas

Temer nega paralisia do governo e afirma que 'nunca fez tanto como agora'

No mesmo dia em que oficializou o aumento de impostos no combustível, Temer minimiza a crise política e destaca reforma e verba para saúde.


postado em 21/07/2017 00:12 / atualizado em 21/07/2017 07:57

(foto: Agência Brasil)
(foto: Agência Brasil)
O presidente Michel Temer rebateu as críticas de que o país está parado por causa da crise política. Em evento no Palácio do Planalto, ele disse que o governo nunca fez tantas coisas como agora.

Como exemplo, citou a reforma trabalhista e enalteceu o investimento de R$ 344 milhões, anunciados pelo Ministério da Saúde, em saúde bucal no Sistema Único de Saúde (SUS).

“O governo passa por dificuldades, mas o ministro Ricardo Barros economizou e agora está convertendo em investimentos. Algumas pessoas dizem que o Brasil parou, mas o governo nunca fez tantas coisas como nos últimos 40 ou 50 dias”, afirmou antes de citar a aprovação da reforma trabalhista no Senado e destacar a atuação da base aliada no Congresso. Ele, no entanto, não fez referência ao aumento dos impostos dos combustíveis.

“O Brasil vai continuar, é esse otimismo que quero transmitir. Interessante que de vez em quando as pessoas dizem, naturalmente os arautos do desastre, que o Brasil parou e não vai fazer nada. O Brasil é a oitava economia do mundo. Nós estamos trabalhando para que essa posição não só permaneça como possa até melhorar. Quero registrar isso para que não sejamos os arautos do catastrofismo”, afirmou.

O presidente se referiu também ao cuidado de seu governo com as contas públicas, quando lembrou das críticas feitas na época das discussões da PEC dos gastos públicos.

“Chamaram a PEC dos gastos de PEC da morte, mas nós ampliamos as verbas de saúde e educação, prioridades do governo. Nós estamos encontrando a maneira mais eficaz de usar o orçamento público. Temos promovido eficiência no governo e demos seriedade ao dinheiro do pagador de impostos”, acrescentou sem citar o possível aumento de impostos.

No evento, o governo anunciou que está investindo R$ 344,3 milhões no atendimento de saúde bucal do SUS. A ação possibilitará o custeio de 2.299 equipes de saúde bucal, o credenciamento de 34 unidades odontológicas móveis e a aquisição de 10 mil cadeiras para consultórios odontológicos, com raio-x, que funcionam nas unidades básicas de saúde.

Ainda ontem, Temer abriu, a 22ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no Ministério das Relações Exteriores. Temer disse ter convicção de que os países que compõem o grupo vão crescer cada vez mais.

“Quero dizer que são muitos os países lusófonos que ascenderam à categoria da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Quero saudá-los e dizer que quanto mais tenhamos observadores, melhor para a nossa comunidade. Minha convicção é de que o destino da CPLP é crescer cada vez mais, nos pilares da promoção do nosso idioma e das nossas relações”, disse o presidente diante de representantes de Moçambique e Angola, entre outros.

VIAGEM À ARGENTINA

Após o rápido discurso, Temer deixou o evento e embarcou para Mendoza, na Argentina, onde participa da 50ª Cúpula do Mercosul. A partir do segundo semestre de 2017, o Brasil receberá a presidência do Mercosul, em um momento que promete ser o mais importante em muitos anos, do ponto de vista econômico.

Diferentemente das outras vezes em que Temer viajou, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não esteve na base aérea para a transmissão simbólica, porque está no Rio de Janeiro.

A assessoria do deputado informou que ele tinha compromissos oficiais na capital fluminense, de onde só retorna hoje. A Constituição não obriga o presidente da Câmara a estar na base área. No entanto, esse é um gesto político que os integrantes da linha sucessória costumam fazer quando assumem a Presidência em razão de viagem do presidente.

Desde que a denúncia por corrupção passiva contra Temer começou a tramitar na Câmara, Maia tem se mostrado distante do Palácio do Planalto. Na terça-feira, 18, ele e Temer tiveram um atrito, após o presidente da República convidar parlamentares dissidentes do PSB a se filiarem ao PMDB.

Maia se irritou com o gesto, uma vez que, desde que o PSB deixou a base do governo, negocia a migração dos pessebistas descontes para o DEM. Temer então acionou ministros para desfazer o mal-estar e negou que tivesse convidado dissidentes do PSB para se filiarem ao PMDB.

Para tentar mostrar que o mal-estar estava resolvido, Temer foi até a residência oficial de Maia na noite da própria terça-feira, onde participou de jantar ao lado de ministros e deputados. Na noite de quarta-feira, Temer ofereceu jantar no Palácio do Jaburu a Maia e a integrantes do DEM, como o ministro da Educação, Mendonça Filho, e o prefeito de Salvador, ACM Neto.

 

 


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