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Estado de Minas

Protesto contra o presidente Michel Temer no Rio reúne milhares de pessoas no Rio

Ato em Copacabana reúne sindicalistas, artistas como Caetano Veloso


postado em 28/05/2017 16:37 / atualizado em 28/05/2017 19:29

(foto: Reprodução/Facebook Mídia Ninja @MidiaNINJA)
(foto: Reprodução/Facebook Mídia Ninja @MidiaNINJA)

Um multidão se reuniu neste domingo na Avenida Atlântica, em Copacabana, Zona sul do Rio, em protesto contra o presidente Michel Temer e a favor de eleições diretas para a Presidência da República. A organização do evento, realizado nas imediações do Posto 3, estima o público em 50 mil pessoas. A Polícia Militar não divulga estimativa.

Cantores como Mart'nália, Teresa Cristina e Pretinho da Serrinha, Caetano Veloso e Milton Nascimento participaram do evento. Mart'nália cantou "Madalena do Jucu", famosa na voz de seu pai, Martinho da Vila, inserindo o verso "fora, Temer/fora, Temer" em lugar de "Madalena, Madalena".

Teresa Cristina perguntou ao público "vocês acham que o Aécio (Neves, senador afastado) será preso?" e emendou os versos "Acreditar, eu não, recomeçar, jamais" do samba "Acreditar", famosa na interpretação de dona Ivone Lara.

Já  o baiano Caetano Veloso cantou "Podres Poderes", enquanto o público pedia, em coro, "fora, Temer".


(foto: Reprodução/Facebook Mídia Ninja @MidiaNINJA)
(foto: Reprodução/Facebook Mídia Ninja @MidiaNINJA)

 

Argumentos

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AM) defendeu a saída do presidente temer, citado nas delaçoes do empreário Joesley Batista. Para o congressista, há duas formas de isso ocorrer: o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar a chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer ou a Procuradoria Geral da República denunciar Temer, o que dependeria de autorização do Poder Legislativo. "O mais rápido seria o presidente renunciar, mas não se pode esperar isso dele", afirmou.

Para o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), mesmo se a eleição direta para presidente nesse momento não for instituída, a mobilização popular é importante. "Em 1984 não conseguimos aprovar (a eleição direta), mas o movimento popular acelerou o fim da ditadura e as conquistas da Constituição de 1988."

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirma ser possível prever hoje o desfecho da crise política. "Nós exigimos eleições diretas para presidente, mas não dá pra saber qual será a decisão do Congresso. Há uma proposta de emenda constitucional que será votada na próxima quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça. Mas tem outras variáveis: parece que o (deputado federal) Rocha Loures (flagrado recebendo R$ 500 mil) está negociando delação premiada. Então muita coisa pode acontecer", avaliou.

O deputado federal Alessandro Molon (Rede), autor do primeiro pedido de impeachment de Temer após a divulgação da delação dos donos da Friboi, afirmou que a mobilização popular pode convencer os congressistas a aprovar uma emenda constitucional que institua eleições diretas.

A regra prevista na Constituição para substituição do presidente nos dois últimos anos de mandato é por eleição indireta. "Essa não é uma causa de um partido político, de um segmento, essa é a melhor solução para o País". Molon acredita que o TSE vai cassar a chapa Dilma-Temer em 6 de junho. "Mas espero que não haja pedido de vista, que é a vontade de Temer", afirmou.


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