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Estado de Minas

Parentes de aposentado baleado em manifestação em Brasília querem trazê-lo para BH

Filho mais velhos, Geovanni Cirilo, segue para Brasília, para acompanhar seu pai. Ele reclama de falta de dados sobre o quadro de saúde dele e da marginalização do manifestante


postado em 26/05/2017 20:15 / atualizado em 26/05/2017 20:31

Parentes do servidor público aposentado Carlos Giovani Cirilo, de 61 anos, baleado durante as manifestações na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na quarta-feira, questionaram a ação policial e garantiram que ele sequer estava na linha de frente dos protesto. Atingido por um tiro na cabeça, o aposentado que estava num grupo mineiro da União Geral dos Trabalhadores (UGT), representando a Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospital de Minas Gerais (Astemg), está internado em estado grave no Hospital de Base de Brasília. Os parentes querem a transferência dele para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, onde ele trabalhou até a aposentadoria.

Em reunião na sede da Astemg, Geovanni, disse que seu pai estava apenas reivindicando seus direitos(foto: Astemg/Divulgação)
Em reunião na sede da Astemg, Geovanni, disse que seu pai estava apenas reivindicando seus direitos (foto: Astemg/Divulgação)
O filho dele, o vigilante Geovanni Luiz Cirilo, de 35, disse que seu pai foi tratado como um “indigente”, sem que a família tivesse qualquer informação do hospital sobre o quadro dele, o que só agravando o drama da família. “Hoje, no fim da tarde, é que soltaram um boletim dizendo que ele segue em coma induzido, respirando por aparelhos”, explicou Geovanni, que na noite desta sexta-feira segue de avião para Brasília para acompanhar seu pai.

Para ele, seu pai foi baleado covardemente. “Disseram que meu pai estava aramado, o que é mentira. Ele não estava com nada. Atiraram na cabeça dele com pistola calibre ponto.40 e depois o arrastaram pelo chão. Ele só estava lá reivindicando seus direitos”, desabafou.

A diretora da Astemg Eliana da Penha Verçosa, que junto Carlos representavam a entidade na manifestação em Brasília, contou que o clima era de “praça de guerra”. “O Carlos, até pelo fato de ser uma pessoa de idade, com dificuldade de se locomover, estava distante da linha de frente. Às 15h20 tivemos um contato e ele estava retornando para o ônibus, pois tinha que tomar seu remédio. Ele foi baleado minutos depois, quando nem mais participava dos protestos”, afirmou.

Além de Carlos Cirilo, um estudante mineiro, da Universidade Federal de São João Del Rei, também ficou ferido. Ele foi atingido por uma bala de borracha no olho direito. Ele já retornou para sua casa, em Minas. De acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, entre os atendidos em hospitais em Brasília, estão o estudante Vitor Rodrigues Fregulia, de 21 anos, que teve a mão dilacerada por causa de explosão de uma bomba; um morador em situação de rua, P.S. L, que sofreu trauma cervical durante o conflito; um integrante do MTST, chamado Isaías, com ferimentos provocados por estilhaços de vidro que acertaram o pescoço e o rosto durante o protesto; e uma pessoa, C.P.N.N, com lesão no olho.


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