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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 23/05/2017 12:00 / atualizado em 23/05/2017 11:49

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Carne fraca ainda assava no forno


Pen drive, gravador, leniência, domicílio... São tantas coisas que as reticências falam por si, muito mais anda junto na situação atual da política nacional. Pode-se falar em delações, em dinheiro, muita grana mesmo, bilhões e bilhões de reais, é bilhões mesmo, porque entre o B de bilhões e o M de milhões no teclado do computador tem o N do número de cédulas carregadas em uma mala.

Explicar só o início antes das reticências já bastará. O pen drive acumula as conversas do gravador do executivo, um dos donos da JBS e do gravador, no outro sentido, melhor dizendo, Joesley Batista. Leniência é o acordo que a empresa fará na Justiça.

Chega de jogo de palavras. Melhor tratar do que interessa de fato. O presidente Michel Temer (PMDB) deu entrevista à Folha de S.Paulo e, em determinado momento, disse que recebeu Joesley tarde da noite no Palácio do Jaburu, sua residência oficial desde a vice-presidência, em 7 de março. Não teve churrasco, mas Temer relatou que no encontro comentou só sobre a Operação Carne Fraca. O problema é que a Carne Fraca só foi deflagrada 10 dias depois, em 17 de março.

Adivinhação? Informação privilegiada da Polícia Federal? Totalmente improvável, até porque, a entrevista, teve mais inconsistências. Mal informado, cadê o Gabinete de Segurança Institucional (GSI)? Temer disse não saber das investigações contra Joesley. Não sabia?

Bem, a semana está começando, como e se vai terminar, ninguém sabe, ninguém viu. Bem, Joesley viu, Joesley sabe, Temer ouviu, mas “nada sabia”, deixa para lá. O que se sabe mesmo, em decisão tomada de madrugada de novo, é que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai apresentar mais um pedido de impeachment de Temer.

Por fim, a entrevista do presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia, foi exemplo a ser seguido. A ordem apoia o pedido de impeachment de Temer, mas ressalvou que haverá, como não poderia deixar de ser, o sagrado direito de defesa. Agora, por fim mesmo. De pen drive, gravador, e por aí vai, faltou a mala. É, a mala do deputado Rocha Loures. Ele diz que não sabia que ela tinha dinheiro. Ihh! Não sabia de novo, Temer, Lula... Fim.

 

A vassoura
“10 horas. Sessão Solene. Homenagem ao Dia do Gari. Plenário Ulysses Guimarães”. Foi ontem, na Câmara dos Deputados. Piada pronta não é apropriado diante da atual situação do país. Mas não dá para resistir. Dia do Gari, homenagem? Resposta rápida: a melhor homenagem aos garis, que trabalham duro país afora (foto), seria varrer para bem longe a corrupção e colocar no carrinho de limpeza, leia-se camburão, os ladrões da política nacional.

 

Todas as esferas
“Audiência discute educação de adultos no Brasil.” É hoje. O pedido é da deputada Creuza Pereira (PSB-PE), na Comissão de Educação para tratar do assunto. Ela explica: “Dada a sua importância, a educação de jovens e adultos deveria ser uma política pública prioritária em todas as esferas governamentais. Entretanto, não é isso que acontece”. Agora, a coluna pergunta: não seria melhor discutir a roubalheira, prioridade dos políticos públicos em “todas as esferas governamentais”? Não educaria melhor os contribuintes e eleitores? E, por fim, “dada a sua importância”, os jovens país afora?

Resposta rápida: melhor o próprio ex-presidente Lula “ensinar”, diante dos depósitos nos Estados Unidos: “Nunca antes na história deste país”... Ah! Chama “antes” a Justiça dos EUA, que mandou investigar US$ 150 milhões da JBS para as campanhas eleitorais de Lula e Dilma. 

 

Fila do IPTU
Tem uma escritura do terreno assinada pelo nosso líder? Tem IPTU desse terreno de 2016 no nome do nosso líder? Tem alguma filmagem do nosso líder na fila do carnê de IPTU desse terreno? É comentário de leitor na internet, sem esconder que é petista de carteirinha. Um ex-presidente da República vai entrar na fila para pagar carnê de IPTU? E ser filmado ainda por cima? Bem, na fila do juiz Sério Moro, da Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF) junto com o Ministério Público Federal (MPF), Lula já está. Com o sítio em Atibaia.

 

Meteorologia
Previsão do tempo. Curitiba do juiz Sérgio Moro e da Operação Lava-Jato amanheceu ontem com nevoeiro. Isso mesmo, nevoeiro. Em vários estados, o litoral ficou com o mar agitado. Em São Paulo, chuva forte chegou a carregar uma ponte. Tudo isso é do serviço de meteorologia. Agora, a previsão da coluna: se o Brasil não tinha, agora tem terremoto na política. Dos grandes, tremores em dezenas de partidos e um sem número de políticos. Necessário registrar, são temores, não tremores, porque os políticos estão é morrendo de medo mesmo do que vem por aí na Lava-Jato.

 

PingaFogo

Para registro: a audiência de garis na Câmara dos Deputados foi requerida pela deputada Erika Kokai (PT-DF). E ela própria presidiu a sessão. Mais nenhum colega nem na mesa, muito menos no plenário.

Segunda-feira, 10 da manhã? Nem precisa explicar. Ainda mais com as delações da OAS e da Odebrecht e por aí vai. São elas que estão na pauta do dia e do resto da semana.

Trilha musical da nota “A vassoura”: varre, varre vassourinha”. De novo o jingle de campanha da campanha presidencial de Jânio Quadros. É repetição, mas não dá para resistir, porque o áudio das delações envolvendo Lula e Dilma, não tem jeito de varrer.

Lula e Dilma se encontraram para discutir a crise política. Citados na delação da JBS, evitaram falar em novas eleições. Tempos atrás, o ex-presidente Lula já tinha defendido eleições diretas, mas com a Lava-Jato avançando...

Por fim, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles desconversou. Em teleconferência com os investidores, ele disse ser “homem prático” e que vai tocar a agenda econômica. Agenda de Temer.


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