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Estado de Minas

Governo estuda vender Cidade Administrativa


postado em 04/03/2017 00:12

Alessandra Mello


O governo de Minas estuda vender a Cidade Administrativa, sede do Executivo, erguida durante o governo Aécio Neves (PSDB) e que custou aos cofres públicos cerca de R$ 1,2 bilhão. A informação foi dada pelo governador Fernando Pimentel (PT) em uma entrevista publicada anteontem no jornal Valor Econômico.

Segundo ele, a Cidade Administrativa vale “por baixo, R$ 2 bilhões” e pode ser vendida para algum fundo de pensão. “Não há sentido em ter um imobilizado daquele tamanho, que nos dá despesa enorme para manter e nós com o déficit de caixa do tamanho que nós temos hoje”, afirmou Pimentel, que pretende colocar todos os ativos imobiliários do estado em um fundo.

Essa não é a primeira vez que o governo fala em vender sua sede, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Essa proposta foi feita, em março de 2015, pelo então secretário de Meio Ambiente, Sávio Souza Cruz (PMDB) hoje no comando da pasta da Saúde, durante reunião com representantes da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e deputados estaduais.

A sugestão era vender os prédios (três e mais um auditório) para o governo federal transformar as instalações em uma universidade ou algo ligado à cultura. A intenção, segundo o secretário, era tentar arrumar recursos para resolver os problemas financeiros do governo, que herdou um déficit orçamentário de R$ 2,1 bilhões. Na época o estado negou essa intenção.

Também logo no início do governo Pimentel, quando sua equipe fez um diagnóstico da situação financeira de Minas, a construção da sede chegou a ser alvo de críticas. De acordo com esse estudo, a Cidade Administrativa consumia R$ 120 milhões por ano em manutenção e o estado ainda gastava mais R$ 13,2 milhões em alugueis de prédios na capital, anulando a economia de reunir todas as secretarias em um único complexo.

A oposição contestou e disse que a concentração do serviço público estadual na Cidade Administrativa rendeu economia de R$ 447 milhões em seus quatro primeiros anos de funcionamento. O estado manteve os números divulgados no diagnóstico.

 


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