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Estado de Minas

Carnaval para deputados e senadores será de 10 dias

O descanso dos parlamentares vai além da folia e se estenderá até o dia 7, mas eles falam em "muito trabalho"


postado em 24/02/2017 06:00 / atualizado em 24/02/2017 08:02

José Medeiros (PSD-MT) discursou para quase 80 cadeiras vazias no Senado nesta quinta-feira(foto: Marcos Oliveira / Agência Senado)
José Medeiros (PSD-MT) discursou para quase 80 cadeiras vazias no Senado nesta quinta-feira (foto: Marcos Oliveira / Agência Senado)

O descanso de carnaval começa amanhã e acaba na quarta-feira para a grande maioria dos trabalhadores brasileiros, mas os senadores e deputados, que já esvaziaram os dois plenários na quinta-feira, só voltarão a trabalhar na terça-feira da semana seguinte, em 7 de março. Na saída do plenário vazio ontem, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), afirmou que o Congresso brasileiro é um dos mais atuantes no mundo. Ele saiu em defesa dos colegas. “O Congresso brasileiro é um dos que mais trabalham no mundo. Ele tem atividade de segunda a sexta-feira, os parlamentares trabalham muito. Não tenho nenhuma crítica ao funcionamento do Senado”, afirmou. 

Normalmente, há maior movimentação e votações em plenário e nas comissões entre terça e quinta-feira na Câmara e no Senado. Apesar disso, as atividades foram praticamente encerradas já na quarta-feira. No meio do dia, os corredores e os plenários das duas Casas já estavam praticamente desertos. A única comissão em funcionamento na Câmara na quarta-feira era a da Reforma da Previdência, que realizou audiência pública acompanhada por alguns deputados.  

Alguns senadores, por exemplo, publicaram fotos nas redes sociais nas quais estavam em outros estados.   

Apesar do agendamento de uma sessão deliberativa (com votação de projetos) para as 11h desta quinta-feira, as cadeiras do Senado permaneceram praticamente vazias. Próximo ao meio-dia, por exemplo, havia apenas três dos 81 senadores em plenário.

Na Câmara, não houve sequer previsão de sessão deliberativa para ontem. José Medeiros (PSD-MT) discursava sobre a administração de municípios para uma “plateia” composta pelo presidente da sessão, Thieres Pinto (PTB-RR), e pelo senador Lasier Martins (PSD-RS), o único que ocupava as cadeiras do plenário naquele momento. “Não sei responder pelos demais senadores, estou aqui”, afirmou Lobão, antes de defender que os parlamentares muitas vezes cumprem missões de trabalho em seus respectivos estados ou até no exterior.  

A sessão esvaziada do Senado serviu, na prática, para a contagem de prazos exigida para a votação de propostas. Quando retomarem os trabalhos, os senadores devem apreciar o projeto já aprovado pela Câmara que reabre o prazo de adesão ao programa de regularização de recursos de brasileiros mantidos sem declaração no exterior, a chamada repatriação. No período sem atividades do carnaval, a direção do Senado vai aproveitar para fazer uma pequena reforma no plenário da Casa – reparos no forro e em poltronas.  

Ao sair do plenário, Medeiros afirmou à imprensa que concorda com eventuais críticas sobre a antecipação do recesso, mas disse achar que os parlamentares foram “produtivos” em fevereiro. “Desde que me entendo por gente, ouço dizer que o Brasil só funciona depois do carnaval. Acho que até fomos produtivos este mês. Penso que temos que trabalhar, porque o Brasil todo dia levanta cedo e pega no pesado. Eu, pelo menos, levanto cedo e durmo tarde trabalhando, mas não vou julgar os outros”, afirmou.   Já o senador Wellington Fagundes (PR-MT), um dos últimos a sair da sessão esvaziada de ontem, minimizou o feriado prolongado, apesar de afirmar que toda paralisação prejudica os trabalhos no Congresso. “Toda paralisação prejudica, mas faz parte do calendário nacional. Não tem como você realizar sessões em período de feriado e, principalmente, no carnaval, que é uma festa mundialmente reconhecida”, concluiu Fagundes.   

Enquanto isso...

...Eunício passa por cirurgia


O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foi submetido a uma cirurgia na manhã desta quinta-feira, em Brasília, para a retirada da vesícula, segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa da Casa. De acordo com o laudo médico, Eunício “evolui bem” após a intervenção cirúrgica. Os médicos informaram que o parlamentar já teve alta para um apartamento no Hospital Santa Lúcia. Ele está “consciente, orientado, respirando espontaneamente e com sinais vitais normais”. De acordo com o documento, Eunício foi internado na noite de quarta-feira, com crise de colecistite aguda e com obstrução por cálculos na vila biliar principal.

 


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