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Estado de Minas

Servidores do Rio entram em confronto com policiais e cogitam acampar em frente à Alerj

A poucos minutos da votação contra pacote anticrise proposto pelo governo do estado, manifestantes protestam em frente à assembleia


postado em 06/12/2016 12:37 / atualizado em 06/12/2016 13:59

Rio, 06 - Servidores do Estado do Rio fazem nesta terça-feira, nova manifestação contra o pacote de medidas anticrise do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que começa a ser votado nesta tarde, na Assembleia Legislativa (Alerj). A 15 minutos de votação na Alerj, a sessão ainda é incerta. Há confronto entre manifestantes e policiais, com bombas a todo momento e gás de pimenta até dentro da Assembleia. Também foram disparados fogos de artifício e balas de borracha.

Eles se concentram em frente ao Palácio Tiradentes, mas não há movimentação de deputados. Um forte cheiro de gás de pimenta exala no local. Um pequeno grupo está nos fundos da casa, na Rua Dom Manuel, acompanhando a chegada dos deputados. Eles chegaram cedo e abordaram parlamentares.

A intenção dos atos, que começaram em novembro, tão logo o pacote foi enviado à Alerj, é pressionar os deputados a rejeitá-lo integralmente. Várias medidas penalizam os servidores. Na pauta desta terça, estão duas que eles não se opõem propriamente: a redução dos salários do governador, do vice e de secretários estaduais, e o fim da frota de veículos funcionais. Mas os manifestantes acreditam que o calendário da Alerj foi definido de modo a dar a impressão de que o governo está "cortando na própria carne" para depois sacrificar o funcionalismo com base nessa premissa.

"Não estamos focados na pauta de hoje. Queremos a devolução integral do pacote do Pezão. A partir da prisão do (ex-governador Sérgio) Cabral, ficou provado que o governo não tem condições morais e éticas de penalizar o servidor", disse o presidente da Associação dos Bombeiros do Estado, Mesac Eflaim.

Os servidores cogitam acampar em frente à Alerj. Participam do ato desta terça as áreas da segurança, sistema penal e da educação, entre outras. A Rua Primeiro de Março já está fechada.

Eflaim afirmou que não há intenção de agir com violência - em atos anteriores, a Alerj foi ocupada e grades de proteção instaladas em seguida foram derrubadas, e a polícia reagiu com truculência -, mas ressalvou que não há como conter a massa. "Quando você tira das pessoas o sustento, a educação, a saúde, quando não há certeza do 13º salário, quando você compromete o presente e o futuro do trabalhador, não se sabe quais serão as reações, se os servidores serão racionais ou animais", justificou.

A paralisação geral prevista para quarta-feira, 6, foi trocada para os dias 14 e 15, quando serão votadas as medidas mais controversas: o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14% e o congelamento de salários até 2020. Os bombeiros não podem fazer greve e estudam a possibilidade de aquartelamento. O acampamento em frente à Alerj seria até o dia 15, caso seja aprovado pelas categorias.

"Não vamos sair das ruas. Quando teve reação forte do Batalhão de Choque, muitos servidores ficaram com medo, deixaram de participar do protestos, especialmente idosos e mulheres. Queremos ocupar as galerias, mas nem isso está garantido", disse o diretor do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário, Odonclei Boechat. A votação deve acontecer entre 14 e 15 horas e a manifestação não tem hora para acabar.


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